Situado a cerca de 100 quilómetros a norte de Pyongyang, o complexo de Yongbyon tem já instalado o primeiro reator nuclear do país.
Desde meados de outubro tem sido observado um "forte fluxo de água" proveniente do sistema de arrefecimento de um reator (LWR), afirmou o diretor-geral da agência (IAEA, na sigla em inglês), Rafael Grossi, em comunicado.
"As observações mais recentes mostram que a água descarregada está quente, o que é consistente com a entrada em funcionamento" de um reator, sublinhou.
No entanto, o processo de verificação requer tempo e, sem acesso à instalação, a IAEA não pode confirmar com exatidão o seu estado operacional.
"Como qualquer outro reator nuclear, um LWR pode produzir plutónio com combustível usado, que pode ser separado durante o reprocessamento, o que constitui um motivo de preocupação", alertou Grossi.
Desde que os inspetores foram expulsos da Coreia do Norte, em 2009, a IAEA acompanha os desenvolvimentos nucleares no país através de imagens captadas por satélite.
A Coreia do Norte efetuou o primeiro ensaio nuclear em 2006.
O sexto ensaio e o mais recente, em 2017, foi também o mais potente.
No início do ano, o líder do país, Kim Jong Un, apelou a um alargamento da produção de "material nuclear militar", a fim de aumentar "exponencialmente" a produção de armas atómicas.
A Coreia do Norte não hesitará em retaliar com armas nucleares se for "provocada" por armas nucleares, ameaçou Kim Jong Un esta semana.
Na segunda-feira, o regime efetuou um teste do míssil balístico intercontinental (ICBM) mais potente do arsenal do país: o Hwasong-18, que "parece capaz" de atingir todo o território dos Estados Unidos.
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