Meteorologia

  • 20 SEPTEMBER 2024
Tempo
23º
MIN 17º MÁX 24º

Exército ucraniano assume ter recuado para a periferia de Marinka

O comandante-chefe do Exército ucraniano, Valery Zaluzhny, reconheceu hoje que as suas forças se retiraram para os arredores de Marinka, uma cidade do leste cuja captura Moscovo reivindicou na segunda-feira.

Exército ucraniano assume ter recuado para a periferia de Marinka
Notícias ao Minuto

16:07 - 26/12/23 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

"O facto de nos termos transferido para os arredores de Marinka e de em alguns locais já termos ultrapassado os limites da localidade não deve provocar protestos públicos", sugeriu Zaluzhny, numa conferência de imprensa.

Na segunda-feira, o Exército russo assumiu o controlo de Marinka, perto de Donetsk, no leste da Ucrânia, e que servia de reduto às forças ucranianas.

Hoje, Zaluzhni admitiu a retirada das suas tropas e comparou o ataque a Marinka à destruição completa de Bakhmut pelos soldados russos.

"Protegemos cada pedaço de nossa terra, cada pedaço, mas se os projéteis inimigos começarem a encher esse pedaço estreito com pedras, sujidade e com os nossos soldados, então a vida dos nossos efetivos será o mais importante", prometeu o comandante-chefe das Forças Armadas ucranianas.

Marinka foi transformada pelo exército ucraniano num reduto desde 2014. O início de um conflito com os separatistas pró-Rússia liderados por Moscovo fez com que os russos passassem a controlar o território, nomeadamente a cidade de Donetsk.

De acordo com o ministro da Defesa da Rússia, Marinka é "uma poderosa área fortificada conectada por passagens subterrâneas" que a protegem de artilharia e ataques aéreos.

"Graças às ações decisivas dos nossos soldados, a fortaleza foi destruída", disse Sergei Shoigu na segunda-feira.

"A cidade de Marinka, localizada a cinco quilómetros a sudoeste de Donetsk, foi completamente libertada hoje", adiantou Sergei Shoigu, numa entrevista televisiva com o Presidente da Rússia, Vladimir Putin.

"A libertação da cidade reduz naturalmente as capacidades de defesa das Forças Armadas da Ucrânia e dá-nos mais oportunidades para continuar a nossa ação neste sentido", acrescentou.

Vladimir Putin congratulou-se com o facto de o controlo de Marinka manter as tropas ucranianas afastadas de Donetsk, a capital regional sob controlo russo, que tem sido regularmente alvo de bombardeamentos ucranianos desde 2014.

"Reduzimos significativamente o alcance da ação de artilharia perto de Donetsk (...) e isto permite agora que Donetsk seja defendida de forma mais eficaz contra os ataques", sublinhou o Presidente da Rússia.

Como zona fortificada, Marinka dá às tropas russas "a possibilidade de ter um espaço operacional mais amplo", reforçou Vladimir Putin.

As forças russas recuperaram a iniciativa na frente de combate desde o fracasso da contraofensiva ucraniana, ganhando terreno especialmente no leste da Ucrânia.

Em particular, há vários meses que o Exército russo tenta cercar outro reduto ucraniano, o de Avdiïvka, também no leste da Ucrânia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

[Notícia atualizada às 16h26]

Leia Também: Chefe do exército ucraniano "insatisfeito" com serviços de recrutamento

Recomendados para si

;
Campo obrigatório