Dor de dentes era bactéria rara. Homem tem alta após 110 dias internado

O brasileiro Ebner Walter vai poder passar o 'réveillon' em casa, com a família.

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© Letícia Azevedo/Decom/HRP-Unicamp/G1

Notícias ao Minuto
27/12/2023 10:02 ‧ 27/12/2023 por Notícias ao Minuto

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Um homem, que passou 110 dias internado devido a uma bactéria rara, em Piracicaba, São Paulo, no Brasil, recebeu, finalmente, alta hospitalar.

Ebner Walter, de 33 anos, foi a quinta pessoa a ser diagnosticada com murmicose, também conhecida como 'fungo negro', no Estado de São Paulo e teve de passar por quatro cirurgias antes de deixar o hospital. Agora, poderá passar o final de ano com a família, tal como conta o G1.

O homem explicou que antes de ser internado, esteve alguns dias mal, mas achava que era "só uma dor" de dentes.

"Fui no dentista achando que era só uma dor no dente, mas já era uma infecção grave. O dentista tentou resolver, fez algum procedimento, voltei pra casa, mas continuei passando muito mal. À noite, fui socorrido pelo meu sogro", lembrou, revelando que foi levado à urgência, onde também perceberam que estava com níveis de diabete altos.

A partir daí, foi encaminhado para uma unidade hospitalar e, após os exames mostrarem que o problema era grave, ficou vários dias numa Unidade de Cuidados Intensivos. Após alguns dias, foi identificada a mucormicose e seguiram-se as cirurgias e os mais de 100 dias de internamento.

Finalmente, este mês, recebeu alta. "Foi uma emoção muito forte pois senti muita falta de estar com minha esposa, Alessandra , e minhas filhas, Annelise, de 9 anos, e Valentinna, de 7 anos. Cada dia parecia uma eternidade", disse.

Apesar de receber alta hospitalar, o homem terá de continuar o tratamento com medicação e será acompanhado por uma equipa de atendimento domiciliário.

Note-se que o 'fungo negro' é uma infeção fúngica mortal. A infeção começou a ser mais falada depois de, em 2021, se alastrar na Índia, sobretudo entre os doentes com Covid-19.

A doença obrigou os cirurgiões a removerem olhos, narizes e maxilares de alguns doentes para impedirem que a infeção chegasse ao cérebro.

Antes da pandemia de Covid-19, tratava-se de uma doença que afetava sobretudo as pessoas imunodeprimidas, com níveis demasiado elevados de glicemia no sangue, infetadas com sida ou que tivessem sido submetidas a transplante de órgãos.

Na altura, os especialistas atribuíram o enorme aumento dos casos de mucormicose ao uso excessivo de esteroides para tratar os doentes de Covid-19.

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