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Família receberá 300 mil euros após menor morrer por erro de diagnóstico

Serviço de Urgências do hospital Juan Ramón Jiménez, em Huelva, não terá apreciado a existência de sinais de derrame pleural bilateral num estudo radiológico.

Família receberá 300 mil euros após menor morrer por erro de diagnóstico
Notícias ao Minuto

12:04 - 27/12/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Espanha

O Serviço de Saúde da Andaluzia (SAS) vai pagar uma indemnização de pouco mais de 300 mil euros aos pais e ao irmão gémeo de um menor que morreu na sequência de negligência médica no hospital Juan Ramón Jiménez, em Huelva, Espanha.

Em causa estiveram os cuidados de saúde deficientes que recebeu por parte de um médico em formação, que não estaria a ser acompanhado por outro médico com mais experiência.

O jornal espanhol El Mundo cita um parecer do Conselho Consultivo da Andaluzia, em que é confirmada a existência de "responsabilidade patrimonial" do SAS pela deficiente assistência médica prestada ao menor, fixando a indemnização a pagar à família em 301.376,64 euros. Inicialmente, a família tinha pedido o pagamento de 358.629,47 euros.

O caso remonta a 25 de março de 2015, quando o menor ingressou no referido hospital, no sul de Espanha, com um "derrame pleural", o que "teria obrigado a uma consulta na pediatria e ao internamento" da criança.

Foi-lhe dada alta por "erro de diagnóstico", lê-se no parecer, ao "não valorizar-se o derrame pleural", que era visível numa radiografia feita ao menor.

Radiografia esta que foi analisada por um elemento que "era estagiário do primeiro ano" no Juan Ramón Jiménez, em que, ao que tudo indica, os "protocolos de supervisão" parecem "não ter funcionado corretamente". Por isso, não é descartada a acusação de negligência profissional "com relevância penal", pois "precisamente a falta de experiência dos médicos que se encontram em período de formação" é o que leva à instauração dos referidos protocolos de supervisão.

"O médico residente do primeiro ano não pode ser responsabilizado, pelo menos em caso criminal, mas sim, precisamente, o sistema organizacional que lhe permite realizar determinadas ações sem supervisão ou sem os devidos controlos", detalha o Conselho Consultivo.

Citado pelo El Mundo, o Ministério da Saúde e do Consumidor, liderado por Catalina García, mostrou na terça-feira a sua "total colaboração" com a Justiça, aceitando a decisão do Conselho Consultivo e lamentando "profundamente" o sucedido.

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