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Hamas nega afirmações do Irão que vinculam ataque à morte de Soleimani

O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) distanciou-se hoje das declarações da Guarda Revolucionária do Irão, que associou o ataque de 07 de outubro contra Israel a uma "vingança" pela morte de Qasem Soleimani num bombardeamento norte-americano em 2020.

Hamas nega afirmações do Irão que vinculam ataque à morte de Soleimani
Notícias ao Minuto

13:00 - 27/12/23 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

"Negamos a validade do que o porta-voz da Guarda Revolucionária do Irão, Ramzan Sharif, afirmou em relação à operação 'Dilúvio de al-Aqsa'", afirmou o grupo islamita palestiniano, num comunicado divulgado horas depois das declarações de Teerão.

"Temos afirmado repetidamente os motivos e as razões da operação, sendo a principal delas as ameaças perigosas contra a mesquita de al-Aqsa", sublinhou o Hamas, citado pela agência noticiosa palestiniana Maan. 

"Cada resposta da resistência palestiniana é uma reação à ocupação e à agressão [das autoridades israelitas] contra o povo palestiniano e os seus locais sagrados", acrescentou.

O ataque sem precedentes perpetrado pelo Hamas em 07 de outubro, que provocou cerca de 1.200 mortos e mais de 200 reféns, segundo as autoridades israelitas, desencadeou uma ofensiva militar contra a Faixa de Gaza que, até ao momento, causou a morte a 21.110 palestinianos, segundo os mais recentes dados hoje avançados pelo Ministério da Saúde do enclave, tutelado pelo movimento islamita.

Os números incluem 195 pessoas mortas nas últimas 24 horas, disse o ministério, que também informou que 55.243 pessoas ficaram feridas desde 07 de outubro.

Horas antes da declaração do Hamas, Sharif afirmou que "o 'Dilúvio de al-Aqsa' foi uma das vinganças pelo assassínio de Soleimani [chefe da Força Quds, abatido em janeiro de 2020 pelo exército norte-americano] pelos Estados Unidos e pelos sionistas (Israel)", tendo acrescentando que Teerão "vai responder" à morte de Razi Moussavi, um alto oficial da Guarda Revolucionária Iraniana, num bombardeamento perpetrado segunda-feira pelos israelitas em Damasco.

"Estas retaliações vão continuar em diferentes momentos e locais", afirmou.

Moussavi era uma figura-chave na coordenação militar entre o Irão e a Síria e, segundo Teerão, estava a servir como conselheiro militar de Damasco.

A missão em questão foi lançada em 2014 e era chefiada na altura por Soleimani, no que as autoridades iranianas descreveram como uma operação para enfrentar o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria.

Por seu lado, Soleimani foi uma das vítimas mortais de um ataque de 'drones' (aparelhos aéreos não tripulados) norte-americanos em janeiro de 2020, que também matou Abu Mahdi al-Muhandis, então "número dois" das Forças de Mobilização Popular (PMF), uma coligação de milícias iraquianas pró-governamentais apoiadas pelo Irão.

Leia Também: Ataques do Hamas são "vingança", diz Guarda Revolucionária do Irão

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