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China nomeia novo ministro da Defesa meses após afastamento do antecessor

A China nomeou um novo ministro da Defesa, após meses de incerteza na sequência do afastamento do seu antecessor por razões ainda não explicadas.

China nomeia novo ministro da Defesa meses após afastamento do antecessor
Notícias ao Minuto

12:09 - 29/12/23 por Lusa

Mundo China

A agência noticiosa oficial Xinhua anunciou que o antigo comandante da marinha Dong Jun vai desempenhar a função, em grande parte cerimonial, mas não fez qualquer comentário sobre as razões da mudança ou sobre a situação atual do anterior ministro, o general Li Shangfu, que não é visto em público desde agosto.

A incerteza em torno da liderança da maior força militar do mundo surge numa altura em que Washington e os seus aliados asiáticos estão a oferecer uma maior resistência à tentativa da China de se afirmar como a potência militar dominante na região.

O historial na marinha de Dong é significativo, numa altura em que a China se tornou mais assertiva nas suas reivindicações territoriais, através da sua enorme frota de navios de guerra e da guarda costeira e barcos de pesca que atuam como uma milícia marítima no Mar do Sul da China.

A marinha chinesa alargou também o seu raio de ação ao Mar Mediterrâneo, à África do Sul e a outras regiões, tendo acrescentado à sua frota três porta-aviões, contratorpedeiros, submarinos nucleares e outras embarcações de última geração.

Para além de desafiar as Filipinas e outras nações que têm reivindicações marítimas no Mar do Sul da China, Pequim desafia o Japão pelo controlo de um grupo de ilhas desabitadas no Mar do Leste da China e envolveu-se em confrontos mortais com a Índia ao longo da sua fronteira contestada no alto das montanhas dos Himalaias.

O desaparecimento de Li ocorreu no meio daquilo a que os analistas chamaram uma purga de funcionários da hierarquia militar altamente influente, bem como dos setores financeiro e diplomático, incluindo o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, Qin Gang, cujo paradeiro também permanece desconhecido.

As especulações sobre os motivos das demissões vão desde alegações de corrupção a suspeitas de espionagem.

No entanto, estas medidas apontam igualmente para os desafios enfrentados pelo líder do Partido Comunista no poder, chefe de Estado e comandante militar supremo, Xi Jinping , que se autoproclamou líder vitalício, ao mesmo tempo que empreende uma campanha implacável contra todas as ameaças reais ou aparentes ao seu poder, numa altura em que a economia chinesa está a estagnar e as suas relações externas se tornaram mais controversas devido ao seu apoio à Rússia e a outros regimes autoritários.

[Notícia atualizada às 12h51]

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