"Recentemente, foi realizado um ataque automóvel junto a um posto militar" num entroncamento rodoviário, após o qual "soldados presentes na área neutralizaram o terrorista", disse um porta-voz militar israelita em comunicado.
Equipas médicas do serviço de emergência israelita Maguem David Adom (MDA) trataram os feridos no chão, que "estavam caídos na beira da estrada após serem atropelados", de acordo com a mesma fonte.
O exército especificou posteriormente que todos os feridos são soldados e que um deles "ficou gravemente ferido" enquanto outros quatro "sofreram ferimentos leves e moderados" e foram levados para um hospital.
O suposto autor do ataque é um adolescente palestiniano que foi "baleado dentro de um dos carros" por soldados israelitas e que ficou "a sangrar, sem tratamento" tendo sido depois anunciada a sua morte, segundo a agência oficial de notícias palestiniana Wafa.
Segundo a Wafa, o falecido, identificado como Mahmud Othman Warni, "morreu após ser baleado pelas forças de ocupação em confrontos", num contexto de forte escalada de violência na região desde o início da guerra entre Israel e o Hamas em Gaza a 07 de outubro.
Na quinta-feira, outro palestiniano esfaqueou e feriu dois guardas de segurança israelitas num posto de controlo militar que liga a área de Belém a Jerusalém Oriental, após o que também foi baleado e morreu no mesmo local.
A tensão também foi visível durante o dia em torno da Cidade Velha de Jerusalém, quando a polícia israelita limitou o acesso à oração na Esplanada das Mesquitas pela 12ª sexta-feira consecutiva, deixando muitas pessoas do lado de fora.
Registaram-se confrontos com as forças policiais, que dispararam gás lacrimogéneo contra palestinianos que se reuniam num bairro próximo à Cidade Velha, causando a asfixia de dezenas deles.
Segundo a Wafa, os agentes também dispararam balas metálicas revestidas de borracha e atiraram água suja contra as pessoas reunidas, incidentes que se repetiram nas sextas-feiras anteriores.
De acordo com Wafa, apenas 12 mil palestinianos conseguiram entrar hoje em Al Aqsa para as orações de sexta-feira, um número muito pequeno comparado às dezenas de milhares que costumavam comparecer durante as sextas-feiras antes da guerra em Gaza.
A Cisjordânia está a viver uma escalada de violência sem precedentes nas últimas duas décadas, que se intensificou quando eclodiu a guerra em Gaza entre o Hamas e Israel, em 07 de outubro.
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