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Polónia denuncia violação do espaço aéreo por míssil e pede explicações

A Polónia confirmou hoje à noite a violação do seu espaço aéreo "por um míssil de cruzeiro" e instou Moscovo a "cessar imediatamente este tipo de operação", que ocorreu no âmbito da invasão da vizinha Ucrânia.

Polónia denuncia violação do espaço aéreo por míssil e pede explicações
Notícias ao Minuto

06:27 - 30/12/23 por Lusa

Mundo Ucrânia

O Ministério dos Negócios Estrangeiros polaco convocou hoje à noite o responsável pela diplomacia da Rússia na Polónia, de acordo com um comunicado deste ministério.

Na convocatória, Varsóvia exigiu uma explicação para "o incidente de violação do espaço aéreo da República da Polónia por um míssil de cruzeiro", bem como a fim imediato "deste tipo de operações".

Varsóvia já tinha adiantado hoje de manhã a violação do seu espaço aéreo por um míssil que seguiu em direção à Ucrânia, que foi alvo esta madrugada de intensos ataques aéreos por Moscovo.

"Tudo indica que um míssil russo entrou no espaço aéreo da Polónia. Foi monitorizado por nós através de radares e deixou o espaço aéreo. Temos confirmação disso nos radares e de aliados" na NATO, disse o chefe das forças armadas da Polónia, general Wieslaw Kukula.

Tanto o seu radar como o radar da NATO confirmaram que a trajetória do objeto no espaço aéreo polaco, adiantou a mesma fonte.

O míssil sobrevoou o espaço aéreo polaco durante três minutos, ao longo de cerca de quarenta quilómetros, de acordo com Maciej Klisz, comandante operacional do exército polaco.

"Enviamos para lá as nossas forças, aviões para intercetá-lo e abatê-lo se necessário, mas o sobrevoo e a forma como manobrou (...) tornaram isso impossível e permitiram que o míssil saísse do território polaco", acrescentou este general.

Após uma grande onda de ataques contra a Ucrânia, o sistema de defesa aérea da Polónia foi colocado em alerta durante a madrugada de hoje, adiantou ainda.

Em novembro de 2022, um míssil ucraniano caiu sobre a aldeia polaca de Przewodow, a cerca de seis quilómetros da fronteira com a Ucrânia, matando dois civis.

A explosão ocorreu numa altura em que a Rússia estava a realizar ataques maciços contra infraestruturas civis ucranianas em todo o país.

Antes de a sua origem ser identificada, a queda do míssil sobre a aldeia polaca suscitou receios de que a NATO fosse arrastada para o conflito numa grande escalada da guerra na Ucrânia, com a Polónia protegida por um compromisso de defesa coletiva da Aliança Atlântica.

Os ataques russos contra a Ucrânia ocorridos hoje envolveram quase 160 mísseis e 'drones' (aeronaves sem tripulação), atingiram áreas povoadas em inúmeras cidades ucranianas, causando pelo menos 24 mortos e mais de 100 feridos.

Após o incidente na Polónia, as autoridades civis e militares polacas realizaram reuniões de emergência e o Presidente Andrzej Duda conversou com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg.

Jens Soltenberg assegurou hoje que a Aliança Atlântica vai "continuar vigilante", depois da situação registada pela Polónia.

A Aliança Atlântica divulgou também hoje, em comunicado, que desde em 2023 intercetou aeronaves russas cerca de 300 vezes, principalmente no Mar Báltico, reconhecendo, contudo, que estas ocorrências "são raras e de curta duração".

Leia Também: Pelo menos 30 mortos e mais de 160 feridos em ataques russos na Ucrânia

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