Rússia assinala novos ataques ucranianos na região de Belgorod
O governador de Belgorod, sudoeste da Rússia, acusou hoje a Ucrânia de alegados ataques em que pelo menos uma pessoa morreu e cinco ficaram feridas, após o Exército russo ter lançado uma centena de mísseis contra território ucraniano.
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Mundo Guerra na Ucrânia
Viatcheslav Gladkov, o governador de Belgorod, região situada junto à fronteira com a Ucrânia, indicou na rede social Telegram que um homem foi morto pelos fragmentos de um projétil que explodiu ao lado da viatura que conduzia.
Segundo a mesma fonte, cinco pessoas ficaram feridas em dois outros incidentes.
O Exército russo tinha referido que a região fronteiriça de Belgorod foi alvo de um ataque por 17 mísseis ucranianos, e que todos foram abatidos.
A Rússia disparou na manhã de hoje "99 mísseis de vários tipos" contra a Ucrânia, 72 dos quais foram abatidos pela defesa aérea ucraniana, declarou o comandante do exército ucraniano, Valery Zaluzhnyi.
As forças ucranianas "destruíram 72 alvos aéreos", incluindo 10 mísseis hipersónicos Kinjal e três mísseis de cruzeiro Kalibre, bem como 59 mísseis de cruzeiro Kh-101, Kh-555 e Kh-55, referiu o general ucraniano na rede social Telegram.
Segundo o ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko, uma pessoa foi morta na cidade de Kiev, outras duas na região de Kiev e uma em Kharkiv.
No total, "27 pessoas foram hospitalizadas" em Kiev, declarou o autarca da cidade, Vitali Klitschko.
A segunda cidade da Ucrânia, Kharkiv, localizada não muito longe da fronteira russa, foi alvo de "pelo menos quatro ataques", matando uma mulher de 91 anos, segundo o governador da região, Oleg Synegoubov.
O autarca da cidade, Igor Terekhov, também relatou "45 feridos, incluindo cinco crianças entre 6 e 13 anos".
Prédios de apartamentos de vários andares e infraestruturas civis foram danificados no centro da cidade, segundo as autoridades regionais.
Mais de 250 mil pessoas também ficaram sem eletricidade na capital ucraniana após estes ataques.
A coordenadora humanitária da ONU na Ucrânia condenou hoje os novos bombardeamentos das forças russas a Kiev e Kharkiv e recordou a Moscovo que os ataques indiscriminados contra civis são proibidos pelo Direito internacional.
"Pelo terceiro dia consecutivo, os ataques aéreos russos em grande escala mataram pessoas, incluindo crianças, e danificaram casas e outras infraestruturas civis", afirmou Denise Brown num comunicado.
Na passada sexta-feira, disparos em série de mísseis russos provocaram perto de 40 mortos na Ucrânia, com diversos alvos civis e Moscovo a reivindicar a destruição de infraestruturas militares.
Esta nova série de ataques ocorre um dia depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, ter ameaçado "intensificar" os ataques na Ucrânia em retaliação ao ataque de escala sem precedentes na cidade russa de Belgorod, no sábado, que deixou 25 mortos e 109 feridos.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
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