"O secretário-geral apela para que os responsáveis sejam levados" à justiça, disse a porta-voz adjunta do líder da ONU, Florencia Soto Nino, num comunicado.
As explosões ocorridas hoje na província de Kerman, no sul do Irão, durante uma cerimónia de homenagem ao general Qassim Soleimani causaram pelo menos 103 mortos e cerca de 141 feridos, de acordo com as autoridades iranianas.
O ataque foi descrito como um ato terrorista por Rahman Jalali, vice-governador da província de Kerman.
A dupla explosão ocorreu perto da mesquita Saheb al-Zaman, onde se encontra o túmulo do general Qassem Soleimani, morto em janeiro de 2020 num ataque de um 'drone' (aeronave sem tripulação) norte-americano no Iraque.
Figura-chave do regime iraniano, Qassem Soleimani era também uma das figuras públicas mais populares do país.
Soleimani, comandante de uma força de elite da Guarda Revolucionária, foi o arquiteto das atividades militares regionais do Irão e é aclamado como um ícone entre os apoiantes da teocracia iraniana.
No funeral, em 2020, registaram-se tumultos que causaram a morte de pelo menos 56 pessoas e ferimentos em mais de 200, quando milhares de pessoas se juntaram ao cortejo.
Não foi feita qualquer reivindicação imediata de responsabilidade.
O Irão decretou entretanto um dia de luto nacional na quinta-feira, noticiaram os meios de comunicação oficiais.
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