EUA e 11 países advertem Hutis sobre "consequências" de ataques a navios
Os Estados Unidos e outros 11 países aliados advertiram hoje os rebeldes iemenitas Hutis a terminarem "imediatamente os ataques ilegais" a navios no mar Vermelho, arriscando-se no caso contrário a "assumir as consequências".
© Mati Milstein/NurPhoto via Getty Images
Mundo Hutis
"Os Hutis devem assumir a responsabilidade das consequências caso continuem a ameaçar vidas, a economia mundial e a livre circulação do comércio nas vias marítimas críticas da região. Estamos comprometidos com a ordem internacional baseada em regras e estamos decididos a responsabilizar os atores malignos por rebeliões e ataques ilegais", afirmou em comunicado a coligação de países, onde se incluem a Alemanha, Reino Unido e Japão.
"Que a nossa mensagem seja agora clara: pedimos o fim imediato dos ataques ilegais e a libertação dos navios e tripulações detidos ilegalmente", prossegue o comunicado, também assinado pela Itália, Bélgica, Canadá, Dinamarca e Nova Zelândia.
Os Hutis lançaram nos últimos meses diversos mísseis e 'drones' em direção ao sul de Israel e também em direção a navios com bandeira israelita ou propriedade de empresas israelitas no mar Vermelho e no estreito de Bab al Mandeb.
Estas ações foram amplamente denunciadas pelos países ocidentais, mas recebidas com entusiasmo pela população das zonas de predomínio Huti no Iémen, que pedem inclusive um amento da escalada do movimento xiita no apoio aos palestinianos de Gaza.
O comunicado dos aliados ocidentais sublinha que os ataques no mar Vermelho são "ilegais, inaceitáveis e profundamente desestabilizadores", e não possuem "nenhuma justificação legal".
O comunicado, também firmado pela Austrália, Bahrein e Países Baixos, sustenta que estes ataque "ameaçam vidas inocentes de todo o mundo e constituem um problema internacional importante que exige uma ação coletiva".
Cerca de 15% do comércio marítimo mundial, recordam os subscritores, atravessa do mar Vermelho, "incluindo 8% do comércio mundial de cereais, 12% do comércio marítimo de petróleo e 8% do comércio do gás natural liquefeito".
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