A suposição foi feita por um dirigente governamental dos EUA, que falou sob anonimato.
"Isto parece um ataque terrorista, o género de coisa que o EI fez no passado, e é o que supomos agora", disse a jornalistas este alto dirigente do governo do presidente Joe Biden, que solicitou não ser identificado.
Já em Teerão, um conselheiro político do presidente iraniano acusou Israel e os EUA de estarem por trás dos dois atentados, realizados no sul do país.
"A responsabilidade deste crime incumbe aos regimes americano e sionista", escreveu Mohammad Jamshidi na rede social X.
Os atentados causaram, além de 95 mortos, ainda 201 feridos.
Até ao momento não houve qualquer reivindicação de autoria.
Este ataque no Irão foi o mais mortífero desde a Revolução Islâmica, de 1979.
A segunda explosão ocorreu cerca de 20 minutos depois da primeira, técnica usada com frequência para atingir as equipas de socorro.
O ataque aconteceu durante as cerimónias que assinalavam o quarto aniversário do assassínio do general Qassem Soleimani, o chefe da força de elite da Guarda Revolucionária, por um drone dos EUA no vizinho Iraque.
As explosões ocorreram nas proximidades do seu túmulo, onde estavam filas extensas de pessoas.
O Irão tem sido alvo de ataques, com sabotagens e mortes, cuja autoria tem atribuído a Israel. Contudo, entre estes ataques nunca estiveram explosões dirigidas a aglomerados de pessoas, como o de hoje.
Grupos extremistas sunitas, incluindo o EI, já realizaram ataques em larga escala, que causaram a morte a civis, no Irão, de maioria xiita.
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