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Ucrânia reivindica ataque a posto de comando russo na Crimeia

A Ucrânia reivindicou hoje ter atacado um posto de comando das forças russas perto de Sebastopol, na Crimeia, enquanto o Ministério da Defesa da Rússia disse que suas defesas aéreas abateram 10 mísseis ucranianos.

Ucrânia reivindica ataque a posto de comando russo na Crimeia
Notícias ao Minuto

17:43 - 04/01/24 por Lusa

Mundo Ucrânia

"Hoje, as Forças Armadas da Ucrânia atacaram o posto de comando das tropas de ocupação russas perto de Sebastopol", escreveu o Departamento de Comunicações Estratégicas do Estado-Maior Ucraniano na rede social Telegram.

O governador regional russo, Mikhail Razvozhayev, disse que uma pessoa foi ferida pelos destroços de um alvo aéreo abatido em Sebastopol, importante porto e a maior cidade da península da Crimeia anexada pela Rússia.

Especialistas militares russos divulgaram nas redes sociais vídeos de sirenes de ataque aéreo a soar em Sebastopol durante o dia e o tráfego foi suspenso na ponte que liga a península à região russa de Krasnodar.

Na noite de quarta-feira, a Rússia disparou dois mísseis S-300 contra o centro de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, que na semana passada sofreu ataques aéreos quase diários, segundo o governador regional Oleh Syniehubov.

Uma pessoa foi morta no ataque russo, esta madrugada, com mísseis contra Kropyvnytskyi, uma cidade no centro da Ucrânia, informou o governador regional Andrii Raikovych na rede social Telegram, acrescentando que uma instalação de energia foi danificada no ataque.

A Força Aérea da Ucrânia disse ter intercetado dois 'drones' sobre a região de Khmelnytskyi, no centro-oeste da Ucrânia, que abriga uma importante base aérea em Starokostiantyniv.

A Rússia disparou mais de 500 'drones' e mísseis contra alvos ucranianos, entre 29 de dezembro e 02 de janeiro, segundo o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Os ataques em Kyiv e na região circundante durante esse período mataram 34 pessoas e feriram muitas outras, informaram as autoridades municipais.

Com a Rússia a intensificar os seus ataques com mísseis e 'drones' durante o inverno, a Ucrânia apelou aos seus aliados ocidentais para continuarem a fornecer-lhe armas de defesa aérea.

Os embaixadores da NATO e da Ucrânia deverão manter conversações a pedido de Kyiv, em Bruxelas, no dia 10 de janeiro, e discutir as necessidades do país, disse um oficial da Aliança.

"Os aliados da NATO já entregaram uma vasta gama de sistemas de defesa aérea à Ucrânia e estão empenhados em reforçar ainda mais as defesas da Ucrânia", disse o porta-voz da organização, Dylan White.

O anúncio ocorre um dia depois de a NATO ter dito que ajudaria a comprar até 1.000 mísseis Patriot para que os seus países membros possam proteger melhor o seu território.

Também hoje, o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) assegurou que a Rússia planeia novos ataques cibernéticos à empresa de telecomunicações Kyivstar, depois de um ataque no mês passado ter interrompido os serviços de telefone e Internet dos seus clientes.

O ataque cibernético afetou principalmente civis, mas não teve efeitos mais graves nas comunicações militares, já que os soldados usam vários algoritmos e protocolos de comunicação, segundo um comunicado das autoridades ucranianas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: Moscovo e Kyiv trocam quase 500 prisioneiros de guerra

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