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Solução em Gaza exige negociação direta de líderes "com coragem"

O chefe da diplomacia de Singapura defendeu hoje em Lisboa que a única solução possível para o conflito no Médio Oriente é a dos dois Estados, mediante "negociações diretas" entre líderes palestinianos e israelitas "com coragem e capital político".

Solução em Gaza exige negociação direta de líderes "com coragem"
Notícias ao Minuto

21:44 - 04/01/24 por Lusa

Mundo Vivian Balakrishnan

"Neste caso, a solução dos dois Estados [Israel e Palestina] é absolutamente necessária, mas apenas pode ocorrer quando houver negociações diretas entre líderes dos lados palestiniano e israelita e com coragem e capital político para que isto possa ocorrer", declarou hoje Vivian Balakrishnan, que foi o orador convidado no segundo e último dia do Seminário Diplomático, que reuniu em Lisboa embaixadores e chefes de missão portugueses.

"Quando é que isto irá acontecer? Não sei, mas entretanto há o risco de o conflito se alastrar ao Líbano e vemos o que se passa no Mar Vermelho com preocupação", adiantou.

O governante singapurense reconheceu que a solução dos dois Estados "pode não ter um apoio maioritário" dos dois lados.

"Não obstante, temos de operar por princípio: denunciar o terrorismo, quando este ocorrer, independentemente de quando ou quem o perpetrar, e insistir no cumprimento da lei internacional", salientou.

Vivian Balakrishnan referiu que o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas contra Israel, em 07 de outubro passado, com mais de 1.100 mortos e 200 raptados, "causou grande consternação" e Singapura assumiu "uma posição clara e categórica de que se tratou de um ato de terror".

"Reconhecemos que Israel tem o direito a autodefender-se, não apenas porque somos amigos de Israel, mas porque acreditamos que qualquer país confrontado com um ataque similar, teria de afirmar o direito de autodefesa, mas todos temos de respeitar leis humanitárias internacionais e as leis da guerra", salientou, referindo-se à resposta de Telavive, que já fez mais de 22 mil mortos na Faixa de Gaza, segundo o Hamas, que controla o enclave palestiniano.

"A paz e segurança que tínhamos como garantida durante muitas décadas ficaram sob significativo stress", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros de Singapura em balanço do ano passado.

"A guerra na Ucrânia continua e não há qualquer resolução à vista", lamentou.

A invasão da Ucrânia pela Rússia foi, na visão de Singapura, "uma contravenção direta e flagrante e uma ameaça à paz e segurança para todos os países, especialmente países pequenos com vizinhos grandes".

"Quando se ouve um vizinho grande a usar erros históricos como um racional para transpor ou alterar fronteiras e anexar território, as campainhas devem soar em todo o lado", considerou.

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