"Não quero prometer nenhuma data específica, mas possivelmente no próximo ano estaremos numa situação em que a proibição estará em vigor", frisou Kai Mykkänen, em entrevista ao jornal Helsingin Sanomat.
A empresa estatal finlandesa Gasum continuou a importar GNL através dos terminais de Pori e Tornio, apesar da invasão russa da Ucrânia, devido aos contratos de longo prazo assinados com a russa Gazprom, que a obrigam a efetuar pagamentos mínimos independentemente do volume de compra.
Embora a Letónia e a Lituânia tenham proibido a importação de GNL russo, a Finlândia quer esperar que a reforma do mercado europeu do gás, aprovada em dezembro, entre em vigor esta primavera, o que permite que as importações da Rússia ou da Bielorrússia sejam proibidas por razões de segurança.
Segundo Mykkänen, essa circunstância dará solidez jurídica a uma proibição nacional.
O ministro referiu que seria desejável que fosse tomada uma decisão comunitária conjunta sobre a questão, mas notou que "alguns Estados-membros não estão preparados para isso" e que "é um facto" que não será possível chegar a tal um acordo.
A Rússia interrompeu o fornecimento através de gasodutos à Finlândia em maio de 2022 e, desde então, este país importou quantidades menores de GNL.
Outros importadores europeus são Espanha, Bélgica e França.
A guerra na Ucrânia, lançada pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022 e justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança do seu país, já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.
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