O relatório diário sobre o impacto humanitário desta guerra indica que continuam os intensos bombardeamentos israelitas por via aérea, terrestre e marítima contra grande parte de Gaza.
Na secção norte do enclave, as forças israelitas atacaram alvos na cidade de Gaza, na zona rural de Jabalia, em Tal Az Zatar e Beit Laia e os relatórios indicam que houve um grande número de vítimas mortais, principalmente no primeiro local.
Da mesma forma, os ataques continuaram na província de Deir al Balah e nas cidades de Khan Younis e Rafah, ao sul de Gaza e onde a população está concentrada.
O relatório indica ainda que a Agência das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) constatou, através de uma avaliação de campo realizada no final de dezembro, que 90% das crianças menores de dois anos consumiam apenas algum tipo de cereal (incluindo pão) ou leite.
Paralelamente, os casos de diarreia em crianças com menos de cinco anos de idade aumentaram para 3.200 novos casos por dia, em comparação com uma média de 2.000 por mês antes da guerra.
"O tempo está a esgotar-se. Muitas crianças já sofrem de subnutrição aguda grave em Gaza. À medida que a ameaça da fome se intensifica, centenas de milhares de crianças poderão em breve sofrer de subnutrição grave e algumas delas poderão morrer. Não podemos permitir que isso aconteça", alertou a UNICEF.
O Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao movimento islamita que governa a Palestina.
A guerra provocou, até agora, cerca de 23.000 mortos e mais de 58.000 feridos entre os palestinianos desde 07 de outubro, de acordo com fontes palestinianas.
Leia Também: Hospital no centro de Gaza recebe 73 mortos e 99 feridos em 24 horas