Abbas transmite a Al-Sisi necessidade de "trabalhar com todas as partes"

O presidente da Autoridade Palestiniana transmitiu hoje ao Presidente egípcio a necessidade de "trabalhar com todas as partes" para "pôr fim à agressão israelita ao povo palestiniano" e evitar a sua "deslocação" da Faixa de Gaza e da Cisjordânia.

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© Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images

Lusa
08/01/2024 16:28 ‧ 08/01/2024 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

Mahmud Abbas, que foi ao Cairo para se reunir com Abdel Fattah al-Sisi, sublinhou ser imperioso "pôr fim à agressão israelita contra os palestinianos em todo o lado, em particular na Faixa de Gaza", enquanto prossegue a ofensiva lançada por Israel naquele enclave após o ataque perpetrado a 07 de outubro em território israelita pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), ali no poder desde 2007.

Para o líder palestiniano, "a única solução" é uma via política "que ponha fim à ocupação israelita no Estado da Palestina, com Jerusalém como capital", segundo a agência de notícias palestiniana WAFA.

Al-Sisi reuniu-se também com o secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abul Gheit, com quem debateu "os desafios na região, especialmente os relacionados com a situação nos territórios palestinianos e na Faixa de Gaza", indicou o Serviço Estatal de Informação (SIS) egípcio num comunicado divulgado na sua página da Internet.

O chefe de Estado egípcio e Abul Gheit falaram também da "intensificação dos esforços destinados a alcançar um cessar-fogo, fornecer ajuda humanitária e ativar a via da solução de dois Estados" que leve a um Estado palestiniano nas fronteiras de 1967 e com Jerusalém Oriental como capital.

A 07 de outubro, combatentes do Hamas -- grupo islamita palestiniano classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.139 mortos, na maioria civis, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas, e cerca de 250 reféns, 127 dos quais permanecem em cativeiro.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que entretanto se estendeu ao sul.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 94.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza 23.084 mortos e 58.926 feridos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais, e cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.

Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, pelo menos 315 palestinianos foram mortos desde 07 de outubro pelas forças israelitas e em ataques perpetrados por colonos.

Leia Também: Ministério da Saúde de Gaza atualiza número de mortes para mais de 23 mil

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