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Polícia da RDCongo cerca casa de um dos principais opositores políticos

A polícia da República Democrática do Congo (RDCongo) cercou hoje a casa de um dos principais opositores políticos do país, Moïse Katumbi, segundo o seu partido, depois deste ter rejeitado a reeleição do Presidente, Félix Tshisekedi.

Polícia da RDCongo cerca casa de um dos principais opositores políticos
Notícias ao Minuto

17:01 - 08/01/24 por Lusa

Mundo RDCongo

"Alertamos a comunidade nacional e internacional para o facto de Moïse Katumbi estar cercado por militares fortemente armados na sua residência em Kashobwe! Os seus movimentos foram limitados", declarou o coordenador adjunto da ala juvenil de Juntos pela República, Abel Amundala, através da rede social X (antigo Twitter).

O porta-voz do partido da oposição, Hervé Diakese, também confirmou esta informação, segundo os 'media' locais.

Os meios de comunicação social locais referiram igualmente uma forte segurança na cidade de Kashobwe, na província de Haut-Kananga, que faz fronteira com a Zâmbia.

De acordo com o administrador adjunto do território de Kasenga (onde se situa Kashobwe), Charles Lukwesa, as forças de segurança foram destacadas para a zona na sequência de confrontos e pilhagens na sede local do partido de Tshisekedi, a União para a Democracia e o Progresso Social (UPDS), na sexta-feira, que causaram a morte de pelo menos uma pessoa.

Katumbi, que rejeita a vitória de Tshisekedi nas eleições de 20 de dezembro com, segundo as autoridades eleitorais, 73,23% dos votos, apelou novamente no domingo à repetição das eleições. Katumbi ficou em segundo lugar nas eleições presidenciais, com 18,08% dos votos.

Em comunicado, o candidato vencido apelou à população para que se oponha aos resultados que considera fraudulentos e pediu à comunidade internacional que não reconheça a vitória de Tshisekedi.

Por outro lado, lamentou também que a Comissão Eleitoral Nacional Independente tenha sido obrigada a invalidar, na sexta-feira, as candidaturas de 82 pessoas que concorreram às eleições gerais por corrupção, vandalismo de material de voto e intimidação de funcionários eleitorais, entre outros.

O líder da oposição Martin Fayulu, que obteve 5,33% dos votos, e o vencedor do Prémio Nobel da Paz de 2018, o ginecologista Denis Mukwege, que obteve menos de 1%, também rejeitaram os resultados das eleições.

Cerca de 44 milhões de pessoas - dos mais de 100 milhões de habitantes deste país que faz fronteira com Angola - foram convocadas a 20 de dezembro para votar nas eleições presidenciais, legislativas, provinciais e locais.

Foram expressos cerca de 18 milhões de votos válidos, o que representa uma taxa de participação de 43%.

As eleições foram marcadas por atrasos e problemas logísticos, que obrigaram a prolongar a votação por vários dias, bem como por alegações de irregularidades por parte da oposição.

O presidente do Parlamento Europeu afirmou que existiam "numerosos casos de irregularidades" que poderiam alterar os resultados "em certos locais".

Tshisekedi chegou ao poder nas eleições de 2018, criticadas pela oposição e pela comunidade internacional.

Leia Também: Pelo menos 12 civis morreram num ataque do grupo Mobondo na RDCongo

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