Hassan Akasha foi morto em Beit Jinn, uma cidade síria perto do Golã sírio, ocupado por Israel, e da fronteira libanesa, localizada numa região sob o controlo do regime de Bashar al-Assad, indicou o Exército israelita.
"Foi uma figura central responsável pelos foguetes disparados contra Israel pelo Hamas a partir do território sírio nas últimas semanas", detalhou o Exército, em comunicado citado pela agência France-Presse (AFP).
"Não permitiremos que o terrorismo [seja realizado] a partir do território sírio e responsabilizaremos a Síria por qualquer atividade proveniente do seu território", acrescentou a mesma fonte.
Desde o início da guerra na Síria, em 2011, Israel realizou centenas de ataques aéreos em território sírio, visando principalmente forças apoiadas pelo Irão e pelo grupo xiita libanês Hezbollah, aliados de Damasco e inimigos jurados do Estado israelita.
Mas o Exército israelita mantém-se normalmente em silêncio sobre as operações que lhe são atribuídas na Síria, repetindo, incansavelmente, quando questionado sobre o assunto, que não tem "nenhum comentário a fazer sobre as informações de meios de comunicação estrangeiros".
Um oficial de segurança libanês adiantou hoje à AFP que um alto oficial militar do Hezbollah, aliado do Hamas, tinha sido morto num ataque israelita no sul do Líbano. Este alegado ataque não foi confirmado pelo Exército israelita.
Mais tarde, o Hezbollah anunciou a morte do "Comandante Wissam Hassan Tawil", morto em combate no Líbano, sendo este o oficial militar de mais alto escalão do Hezbollah a ser morto desde que começaram as hostilidades com Israel, numa demonstração de apoio ao Hamas na guerra com os israelitas.
Estes dois ataques ocorrem após a morte do 'número dois' do Hamas, Saleh al-Arouri, e de seis outros membros do movimento islamita palestiniano, num ataque atribuído a Israel em 02 de janeiro, nos subúrbios a sul de Beirute.
Trocas de tiros entre o Exército israelita e o Hezbollah têm ocorrido diariamente na fronteira entre Israel e o Líbano desde 07 de outubro, dia em que combatentes do Hamas -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.139 mortos, na maioria civis, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas, e cerca de 250 reféns, 127 dos quais permanecem em cativeiro.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que entretanto se estendeu ao sul.
A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 94.º dia, fez até agora na Faixa de Gaza 23.084 mortos e 58.926 feridos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais.
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