O mais jovem primeiro-ministro (mas já histórico). Quem é Gabriel Attal?
Aos 34 anos, Gabriel Attal é o mais jovem primeiro-ministro da V República, batendo o recorde do socialista Laurent Fabius, nomeado aos 37 anos, em 1984.
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Mundo França
Gabriel Attal foi esta terça-feira nomeado primeiro-ministro de França depois de, ontem, Élisabeth Borne se ter demitido do cargo. Aos 34 anos, o até agora ministro da Educação era considerado o favorito para assumir a chefia do executivo.
Aos 29 anos, tornou-se no mais jovem membro do governo francês, como secretário de Estado da Educação e Juventude, e um dos mais jovens da história recente em França: o mais jovem primeiro-ministro antes dele foi Laurent Fabius, que tinha 37 quando foi nomeado por François Mitterrand em 1984.
Foi também porta-voz e ministro das Finanças - quando defendeu a polémica lei das pensões - e da Educação, empenhando-se no combate ao bullying, de que ele próprio disse ter sido vítima, e que lhe garantiu uma grande popularidade.
Gabriel Attal, que é o primeiro chefe do governo a falar publicamente da sua homossexualidade, era um dos ministros de maior confiança do presidente Emmanuel Macron. Chegou a ser apontado como potencial 'vice', e tem também experiência como porta-voz do governo.
O ex-militante socialista dá, agora, continuidade a uma carreira meteórica que começou com o próprio Macron, quando este decidiu fundar o seu movimento político.
Attal será o quarto chefe de governo no mandato de Macron, o segundo desde a sua reeleição em maio de 2022, para além dos dois do primeiro mandato: Edouard Philippe, de 2017 a 2020, e Jean Castex até 2022. É também o mais jovem primeiro-ministro da V República, batendo o recorde do socialista Laurent Fabius, nomeado aos 37 anos, em 1984.
Segundo uma sondagem recente, Attal convencia um em cada dois franceses e mais de um terço dos franceses pedia a sua nomeação. Uma popularidade que o Presidente Emmanuel Macron quer aproveitar, já que, um ano e meio após a sua reeleição, não conseguiu descolar nas sondagens.
Quais os desafios que Attal enfrentará?
O primeiro desafio de Attal será relançar a imagem do executivo na segunda metade do quinquénio de Macron, num ano-chave com a celebração dos Jogos Olímpicos e as eleições Europeias, depois de a estabilidade do executivo ter sido seriamente afetada por lutas constantes no parlamento, onde foram apresentadas cerca de 30 moções de censura.
A reforma das pensões e, mais recentemente, a lei que modifica uma série de políticas migratórias - ainda pendentes de revisão pelo Conselho Constitucional - acabaram por pesar sobre o governo e, em particular, sobre a primeira-ministra cessante, Elisabeth Borne, que formalizou a sua demissão na segunda-feira.
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