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Civil morto no sul do Líbano em ataque imputado a Israel

Um civil foi hoje morto por fogo de artilharia numa aldeia fronteiriça do sul do Líbano, anunciaram o autarca da localidade e um órgão de comunicação estatal, imputando o bombardeamento a Israel.

Civil morto no sul do Líbano em ataque imputado a Israel
Notícias ao Minuto

21:24 - 10/01/24 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

Um rapaz "foi morto por fogo de artilharia israelita quando se encontrava no jardim da sua casa", declarou o autarca da aldeia de Kfarkila, Hassan Sheyyet.

A vítima era "um civil, sem filiação partidária", acrescentou, sem fornecer mais pormenores.

A agência oficial libanesa Ani noticiou, por seu lado, a morte "do cidadão Hassan Ali Tawil", quando "um projétil de artilharia caiu perto da sua casa" em Kfarkila.

Desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, a 07 de outubro, após um grande ataque daquele grupo, tem havido trocas de fogo diárias na fronteira israelo-libanesa entre o Exército israelita e o Hezbollah, um poderoso movimento xiita libanês aliado do Hamas.

O Hezbollah também lamentou a morte de um dos seus combatentes hoje de manhã, depois de um ataque israelita ter atingido a sua casa na localidade fronteiriça de Kfarchuba de madrugada, segundo o movimento xiita.

Desde o início da violência, a 08 de outubro, 188 pessoas foram mortas no Líbano, entre as quais 141 combatentes do Hezbollah e mais de 20 civis, três dos quais jornalistas, de acordo com uma contagem da agência noticiosa francesa AFP.

Por seu turno, o Exército israelita comunicou a morte de 14 israelitas, nove dos quais soldados.

Os confrontos intensificaram-se desde o ataque atribuído a Israel a 02 de janeiro deste ano, que matou o 'número dois' do Hamas, Saleh al-Aruri, e seis outros responsáveis do movimento islamita palestiniano, nos subúrbios do sul de Beirute.

O receio de um conflito regional mais alargado tem levado vários diplomatas ocidentais a deslocar-se ao Líbano para instar à contenção e discutir soluções políticas.

A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, hoje de visita a Beirute, afirmou que "todas as partes devem evitar uma nova escalada ao longo da Linha Azul", a linha de demarcação da ONU entre o Líbano e Israel, indicou a embaixada da Alemanha em Beirute na rede social X (antigo Twitter).

O enviado norte-americano Amos Hochstein manterá na quinta-feira uma série de reuniões em Beirute, no âmbito de uma visita oficial.

A 07 de outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.139 mortos, na maioria civis, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas, e cerca de 250 reféns, 127 dos quais permanecem em cativeiro.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que entretanto se estendeu ao sul.

A guerra entre Israel e o Hamas, que hoje entrou no 96.º dia e continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 23.000 mortos e pelo menos 59.000 feridos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais, e cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.

Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, pelo menos 315 palestinianos foram mortos desde 07 de outubro pelas forças israelitas e em ataques perpetrados por colonos.

Leia Também: Israel discute no Cairo nova trégua na Faixa de Gaza e libertação de reféns

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