Os três países membros da NATO, que pretendem reforçar a segurança nas águas do Mar Negro, vão criar um comité composto pelos comandantes das forças navais turcas, búlgaras e romenas.
"Com o início da guerra [entre Rússia e Ucrânia], as minas à deriva no Mar Negro constituem uma ameaça", afirmou Guler, citado pelo canal turco TRT.
"Para a ultrapassar, chegámos até aqui com os esforços conjuntos dos nossos aliados búlgaros e romenos", acrescentou.
Os comandantes das forças navais dos três países vão reunir-se duas vezes por ano e as decisões sobre as atividades serão tomadas por unanimidade, segundo a agência espanhola Europa Press.
A iniciativa estará aberta apenas a navios dos três países e as contribuições de outros atores serão determinadas por decisão unânime da Bulgária, Turquia e Roménia.
A Marinha russa tem colocado minas ao longo da costa ucraniana no Mar Negro desde o início da invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Desde então, algumas destas minas apareceram em águas turcas, búlgaras e romenas, constituindo um perigo para a navegação na zona.
Em dezembro, as autoridades ucranianas informaram que um navio de bandeira panamiana que passava pela zona para recolher cereais da Ucrânia atingiu uma mina russa no Mar Negro, causando dois feridos.
A Ucrânia criou um corredor marítimo para os navios comerciais, que passam primeiro perto das costas búlgara e romena.
A Turquia controla o tráfego marítimo e naval no Mar Negro, que tem de passar pelos estreitos do Bósforo e dos Dardanelos antes de chegar aos mares Egeu e Mediterrâneo.
As negociações sobre o acordo começaram em outubro de 2023, de acordo com a agência ucraniana Ukrinform.
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