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Guiana rejeita intenção de acolher base dos EUA e já informou Venezuela

O Governo da Guiana garantiu à Venezuela que não tem planos para que os Estados Unidos estabeleçam uma base militar no país sul-americano, nem que fez um pedido formal para isso, revelou hoje procurador-geral guianense.

Guiana rejeita intenção de acolher base dos EUA e já informou Venezuela
Notícias ao Minuto

21:15 - 11/01/24 por Lusa

Mundo Diplomacia

Anil Nandlall assegurou esta posição à agência Associated Press (AP), dias depois de Daniel P. Erikson, vice-secretário de Defesa dos EUA para o Hemisfério Ocidental, visitar o país sul-americano, e um dia depois de as autoridades guianenses anunciarem que estavam à procura de ajuda dos EUA para melhorar as suas capacidades de defesa.

Nandlall e outras autoridades na Guiana procuraram moderar as tensões com a Venezuela, devido à região disputada de Essequibo, rica em petróleo e minerais, que representa dois terços da Guiana e que a Venezuela reivindica como sua.

"Não fomos abordados pelos Estados Unidos para estabelecer uma base militar na Guiana", frisou, por sua vez, o vice-presidente da Guiana, Bharrat Jagdeo, acrescentando que o Governo não faz política através de conferências de imprensa.

Erikson visitou o país poucas semanas depois da escalada de tensões pela disputa de longa data sobre a região de Essequibo, com a Venezuela a realizar um referendo em dezembro para reivindicar a soberania sobre a área.

Nandlall acrescentou à AP que o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, continua "convencido de que a Guiana pode hospedar" uma base militar dos EUA.

E explicou que Maduro levantou a questão quando participou de uma reunião de mediação de emergência em São Vicente [São Vicente e Granadinas], em dezembro, para falar sobre a disputa territorial com o Presidente da Guiana Irfaan Ali.

"[Ali] Reiterou que não é assim, mas encorajaremos a cooperação com os nossos aliados na defesa da nossa integridade territorial e soberania", frisou Nandlall.

A Guiana e a Venezuela concordaram em abster-se do uso da força, mas a disputa continua, com a Venezuela a insistir que Essequibo fazia parte do seu território durante o período colonial espanhol, e que um acordo de 1966 anulou uma fronteira traçada em 1899 por um tribunal arbitral em Paris.

Leia Também: Defesa dos EUA na Guiana perante tensões com Venezuela sobre Essequibo

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