Número de mortes elevado e milhões sem aquecimento por ataques russos

Os ataques aéreos russos nas últimas semanas estão a causar "um número de mortes extremamente elevado" na Ucrânia, deixando milhões sem água, eletricidade ou aquecimento, perante as temperaturas negativas, segundo dados da agência da ONU para assuntos humanitários.

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© Ukrinform/NurPhoto via Getty Images

Lusa
11/01/2024 23:57 ‧ 11/01/2024 por Lusa

Mundo

Ucrânia

O gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) na Ucrânia realçou esta quinta-feira, em comunicado, que as forças russas intensificaram os ataques aéreos desde 29 de dezembro, tendo já deixado aproximadamente 3.000 famílias com as suas casas danificadas em toda a Ucrânia.

"Os ataques foram exacerbados pelas condições climáticas extremas, deixando milhões de pessoas sem eletricidade, água ou aquecimento, numa altura em que as temperaturas caíram para -15 graus Celsius em diferentes partes da Ucrânia", pode ler-se no mais recente relatório sobre a situação no país invadido pela Rússia desde fevereiro de 2022.

A vaga de ataques russos está a causar "um número de mortes extremamente elevado", incluindo em crianças, com o OCHA a registar, desde 29 de dezembro, a morte de 125 civis e ferimentos em mais de 550 outros em toda a Ucrânia.

Só entre 06 e 08 de janeiro, pelo menos cinco crianças foram mortas e mais oito ficaram feridas nas regiões de Donetska, Dnipropetrovska, Kharkivska e Khersonska, sublinhou, elevando a contagem do número confirmado de civis mortos desde fevereiro de 2022 para mais de 10.200 -- incluindo 575 crianças -- e de feridos para mais de 19.300.

A OCHA apresentou ainda dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), sobre os serviços de saúde afetados pelos ataques entre 29 de dezembro e 11 de janeiro, apontando que 11 ataques tiveram "impacto nos cuidados de saúde na Ucrânia, mais de metade de um total de 21 incidentes verificados globalmente neste período".

"As organizações humanitárias continuaram, nos últimos dias, a apoiar as pessoas afetadas pelos recentes ataques, apesar dos desafios, incluindo os danos relatados às instalações de ajuda humanitária em Kherson", no sul da Ucrânia, alertou ainda este gabinete.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kyiv e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Leia Também: Ucrânia adia análise de lei sobre mobilização militar devido a direitos

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