Depois dos avisos, EUA e Reino Unido (cumprem e) atacam Hutis no Iémen

O grupo iemenita tem atacado vários navios no Mar Vermelho desde o ano passado. Estados Unidos avisaram esta semana que iria haver consequências se os ataques do grupo apoiado pelo Irão continuassem.

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© EVELYN HOCKSTEIN/POOL/AFP via Getty Images

Teresa Banha com Lusa
12/01/2024 00:02 ‧ 12/01/2024 por Teresa Banha com Lusa

Mundo

Israel/Palestina

Os Estados Unidos e o Reino Unido começaram a atacar alvos relacionados com os Hutis, no Iémen, de acordo com o que avança, esta quinta-feira, a Reuters. A informação foi confirmada por quatro responsáveis norte-americanos à agência de notícias.

Esta é a primeira vez que ataques são lançados por estes países a este grupo, apoiado pelo Irão. A situação surge depois depois de os Hutis terem atacado já vários navios no Mar Vermelho, desde o final do ano passado.

Um responsável do grupo, Abdul Qader al-Mortada, já confirmou os ataques, de acordo com o que avançam as publicações internacionais. Na rede social X (antigo Twitter), o responsável "confirmou que os dois países lançaram ataques na capital, Sanaa, e nas províncias de Hodeidah, Saada e Dhamar".

EUA  e Reino Unido já tinham deixado aviso

Já esta semana, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, tinha avisado que os ataques deste grupo não podiam continuar. Após uma visita a vários países do Médio Oriente, por forma a perceber qual seria a melhor forma de o conflito não arrastar a nível regional, Blinken foi questionado, durante uma conferência de imprensa, sobre estes ataques. 

Blinken explicou, na terça-feira, que não era do interesse de ninguém ver "uma escalada", mas foi peremptório: "Se as nossas forças forem atacadas ou ameaçadas, tomaremos as medidas adequadas. Vamos responder, vamos protegê-las - já o demonstrámos no passado, e faremos o mesmo se tiver de ser".

Blinken deixa aviso a Hutis: "Se continuarem, haverá consequências"

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, deu uma conferência de imprensa depois de viajar por vários países - com os quais falou sobre a guerra no Médio Oriente. Evitar a expansão do conflito a nível regional foi um dos principais assuntos.

Notícias ao Minuto com Lusa | 18:40 - 09/01/2024

Apesar de sublinhar que não se deve especular sobre o futuro, Blinken esclareceu: "Só queremos esclarecer que se estas ações dos Hutis continuarem, haverá consequências".

Esta posição foi reforçada pelo ministro da Defesa do Reino Unido, Grant Shapps, na quarta-feira. Shapps advertiu os rebeldes Hutis que os seus ataques no Mar Vermelho devem parar, acusando ainda o Irão de apoiar as operações dos rebeldes iemenitas.

"É demais. Precisamos deixar claro aos Hutis que [os ataques] têm de parar e enviamos-lhes uma mensagem simples: preparem-se", afirmou Shapps à televisão britânica Sky News.

Já esta quinta-feira, o grupo 'respondeu' aos avisos feitos por estes dois países. O principal líder dos rebeldes Hutis do Iémen, Abdelmalek al-Huti, avisou que qualquer agressão dos EUA contra o movimento xiita apoiado pelo Irão "nunca ficará sem resposta".

"Enfrentaremos a agressão americana. Qualquer agressão americana nunca ficará sem resposta", disse o líder Huti num discurso emitido na televisão.

Leia Também: Líder dos Hutis garante que ataques dos EUA não ficarão sem resposta

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