Pelo menos 33 civis morreram durante combates e bombardeamentos no Sudão
Pelo menos 33 civis morreram na quinta-feira em Cartum, 23 destes durante os bombardeamentos da força aérea num bairro no sudeste da capital do Sudão, disse um comité de advogados pró-democracia.
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Mundo Sudão
O comité afirmou, na noite de quinta-feira, que 10 civis foram mortos em trocas de tiros de artilharia na periferia sul de Cartum, devastada desde 15 de abril por uma guerra pelo poder entre dois generais rivais.
O conflito entre o exército do general Abdel Fattah al-Burhane e os paramilitares das Forças de Apoio Rápido, do general Mohamed Hamdane Daglo, deixou mais de 12 mil mortos, segundo estimativa da organização não-governamental (ONG) Armed Conflict Location & Event Data Project (Acled).
A guerra também fez deslocar mais de sete milhões de pessoas, segundo a ONU.
Na quinta-feira, "23 civis foram mortos no distrito de Soba (...) e houve muitos feridos graves", indicou o comité de advogados.
Na zona sul de Cartum, "10 civis foram mortos em trocas de tiros de artilharia numa zona residencial e no mercado local", referiu o "comité de resistência" local, uma organização de bairro que gere a ajuda mútua entre os residentes.
Os esforços diplomáticos para negociações de paz no Sudão, nomeadamente por parte dos Estados Unidos, da Arábia Saudita e, mais recentemente, do bloco regional da África Oriental Igad, falharam até agora.
Antes de se confrontarem, os generais Burhane e Daglo uniram forças para realizar um golpe e expulsar representantes da sociedade civil do poder em outubro de 2021, pondo fim a dois anos de transição democrática.
Incapazes de obter vantagem desde o início da guerra, ambos os campos estão a protelar, mas nenhum deles pretende fazer quaisquer concessões na mesa de negociações.
No terreno, contudo, as Forças de Apoio Rápido FSR parecem ter assumido o controlo de novos territórios no país durante meses, face à fraca resistência do exército.
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