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Fotojornalista bielorrusso incorre em prisão por cobertura de protestos

O fotojornalista bielorrusso Alyaksandr Zyankou, acusado pelas autoridades de "participação num grupo extremista" por cobrir protestos anti-regime, incorre numa pena de seis anos de prisão num caso cujo julgamento teve hoje início no Tribunal de Minsk.

Fotojornalista bielorrusso incorre em prisão por cobertura de protestos
Notícias ao Minuto

19:21 - 12/01/24 por Lusa

Mundo Alyaksandr Zyankou

Citada pela AP, a Associação Independente de Jornalistas da Bielorrússia relatou como o estado de saúde de Zyankou, detido desde junho, se tem deteriorado.

"Zyankou estava apenas a tirar fotografias para relatar as repressões brutais na Bielorrússia, mas as autoridades odeiam qualquer pessoa que fale ou tire imagens de terror político no país", segundo o dirigente da associação, Andrei Bastunets.

O mesmo responsável apelidou a Bielorrússia de "país mais repressivo da Europa" e onde a "tentativa de liberdade de expressão é punida com prisão."

Atualmente, estão detidos 33 jornalistas bielorrussos, a aguardar julgamento ou a cumprir pena.

Após os grandes protestos desencadeados pelas eleições de agosto de 2020, que garantiram um sexto mandato ao ditador Alexander Lukashenko, as autoridades bielorrussas reprimiram os opositores.

A votação de 2020 foi considerada fraudulenta pela oposição e pelo Ocidente.

Os protestos prolongaram-se por vários meses, com centenas de milhares de pessoas nas ruas, tendo mais de 35 mil manifestantes sido presos, enquanto milhares foram espancadas sob custódia policial e centenas de meios de comunicação independentes e organizações não-governamentais foram encerrados e proibidos.

Mais de 1.400 presos políticos continuam atrás das grades, incluindo líderes de partidos da oposição e o ativista e vencedor do Prémio Nobel da Paz de 2022, Ales Bialiatski.

A organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) condenou veementemente a repressão.

"No ano passado, as autoridades bielorrussas redobraram os seus esforços para criar um vazio de informação sobre a violenta repressão, isolando os presos políticos do mundo exterior e intimidando os seus advogados e famílias para que se calem", afirmou em comunicado na quinta-feira Anastasiia Kruope da HRW.

A "repressão generalizada continua num vazio de informação que está a expandir-se", adiantou.

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