Itália recusa extraditar padre acusado de homicídio para a Argentina
Franco Reverberi, de 86 anos, foi acusado de estar envolvido na tortura e homicídio de um ativista político.
© Reuters
Mundo Itália
O ministro da Justiça de Itália recusou, na sexta-feira, o pedido da Argentina para extraditar um padre acusado de crimes contra a humanidade durante a ditadura militar do país, entre a década de 1970 a 1980. Franco Reverberi, de 86 anos, foi acusado de estar envolvido na tortura e homicídio de um ativista político.
O padre, que tem nacionalidade argentina e italiana, foi capelão militar entre 1976 e 1983. De acordo com o The Guardian, Reverberi abandonou a Argentina, em 2011, após ter começado o julgamento de personalidades pró-junta militar na Argentina. Desde esta altura, Franco Reverberi vive em Itália, onde continuou a celebrar missas.
Reverberi negou sempre o seu envolvimento na morte e tortura do ativista político José Guillermo Berón, de 20 anos, que perdeu a vida em 1976. O padre nunca foi condenado pelos tribunais, nem excomungado pelo Vaticano.
Em outubro do ano passado, o principal tribunal criminal de Itália confirmou a extradição do padre. No entanto, na sexta-feira, o ministro da Justiça italiano, Carlo Nordio, recusou o pedido da Argentina, alegando a idade avançada do padre, bem como o seu estado de saúde.
O advogado de acusação, Arturo Salerni, salientou que a última esperança é que "Reverberi possa ser processado na Itália".
Leia Também: Detido padre que organizava orgias em paróquia da Polónia
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com