"Democracia venceu na Guatemala" e UE e vai estar "ao lado" de Arévalo
O chefe da diplomacia europeia defendeu hoje que "a democracia venceu na Guatemala" com a eleição de Bernardo Arévalo para Presidente do país e garantiu que a União Europeia (UE) vai estar "ao lado da população guatemalteca".
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"A democracia ganhou na Guatemala: Bernardo Arévalo é o novo Presidente e Karin Herrera a vice-presidente. Agora inicia-se um capítulo. A UE vai estar ao lado da população guatemalteca e das suas instituições, defendendo o Estado de direito e promovendo a coesão social", disse o alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, na rede social X (antigo Twitter).
Josep Borrell escreveu também que domingo foi "um dia de tensão e de intensas gestões diplomáticas para apoiar a investidura" de Bernardo Arévalo: "Vamos continuar a apoiar a democracia guatemalteca".
A investidura do novo Presidente foi arrastada durante várias horas pelo Congresso guatemalteco, que é dominado pela oposição.
La democracia ha ganado en Guatemala: @BArevalodeLeon es el nuevo Presidente y @KarinHerreraVP la vicepresidenta.
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) January 15, 2024
Ahora se abre un nuevo capítulo. La UE estará al lado del pueblo guatemalteco y de sus instituciones, defendiendo el estado derecho y promoviendo la cohesión social. pic.twitter.com/CvbTk173Hf
Em declarações à Lusa, por telefone, na madrugada de hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, que estava na Cidade da Guatemala para participar na cerimónia de investidura de Arévalo, apelidou de "manobras" as tentativas para impedir o começo do mandato do novo chefe de Estado.
"Estamos à espera de sermos convocados para ir até ao Congresso para assistir a essa tomada de posse, que já está com várias horas de atraso, mas acredito que acontecerá ainda hoje", acrescentou o governante.
A cerimónia devia ter tido início pelas 15:00 locais (21:00 em Lisboa) de domingo, mas no hemiciclo decorriam debates sobre se os deputados do partido com o qual o novo Presidente venceu as eleições deviam ser inscritos como independentes.
João Gomes Cravinho subscreveu uma declaração de ministros de chefes de Estado e de Governo da União Europeia à Organização dos Estados Americanos e da Secretaria-Geral Ibero-Americana a exortar o Congresso guatemalteco para concretizar a transição de poder entre os Presidente cessante e o sucessor.
Arévalo de León e Pérez Álvarez são fundadores do Movimento Semente, uma formação política que surgiu na sequência das manifestações anticorrupção no país centro-americano durante 2015 que culminaram com a queda do governo de Otto Pérez Molina (2012-2015), atualmente na prisão.
A tomada de posse de Arévalo estava a ser condicionada por elementos do Ministério Público e vários parlamentares da oposição.
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