O porta-voz do exército israelita, Daniel Hagari, rejeitou as afirmações do Hamas de que os dois reféns tinham sido mortos em bombardeamentos israelitas, descrevendo estas declarações como "mentiras do Hamas".
O movimento islamita palestiniano Hamas anunciou hoje a morte de dois reféns israelitas, que foram sequestrados no sul de Israel em 07 de outubro e desde então estavam detidos na Faixa de Gaza.
Num vídeo divulgado hoje pelo Hamas, vê-se uma jovem, também refém, visivelmente sob pressão, afirmando que dois homens com quem estava detida estão mortos.
Em comunicado, o braço militar do Hamas alegou que os reféns "foram mortos em bombardeamentos sionistas em Gaza".
Nenhuma indicação da data da captação das imagens é dada no vídeo.
Um dos dois reféns israelitas na Faixa de Gaza declarados mortos hoje pelo movimento palestiniano Hamas tem nacionalidade portuguesa, segundo informação prestada pela Embaixada de Israel em Lisboa.
Trata-se de Yossi Sharabi, 53 anos, que surgia num vídeo propagandístico divulgado no domingo pelo Hamas na rede Telegram, pedindo ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a cessação da guerra na Faixa de Gaza.
A Embaixada de Israel em Portugal indicou hoje à Lusa que Sharabi tem nacionalidade portuguesa e que a sua mulher, Nari, esteve em Lisboa no mês passado a pedir ajuda ao Governo para exercer esforços no sentido da sua libertação.
"Amanhã [hoje] será revelado o seu destino"', afirmava o Hamas no vídeo, segundo a tradução enviada à Lusa pela Embaixada de Israel, que divulgou uma fotografia de Nari Sharabi, com familiares de outros reféns num encontro há um mês com o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.
Num novo vídeo hoje difundido pelo Hamas, é revelado que Yossi Sharabi e Itay Svirsky, de 38, morreram em cativeiro.
Nas imagens, vê-se uma jovem, também refém, visivelmente sob pressão, afirmando que dois homens com quem estava detida estão mortos.
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