Médicos cubanos chegam a Itália para colmatar falhas no sistema de saúde
Perto de 500 profissionais de saúde cubanos chegaram à região de Calabria para compensar a falta de médicos no país.
© Getty Images/ MIGUEL MEDINA
Mundo Ajuda
Frente a uma crise de saúde, a Itália decidiu recorrer à ajuda de Cuba. A região da Calabria assinou um acordo de três anos para que cerca de 500 profissionais de saúde viessem colmatar uma falha de profissionais neste país, e sobretudo nesta região.
"Foi uma surpresa para mim ao saber que a Itália tinha problemas na área da saúde". admite Elizabeth Balbuena Delgado, uma cardiologista de Santiago de Cuba.
Não é só na região da Calabria que se registam problemas semelhantes. O ministro da Saúde, em outubro, afirmava que a falta de pessoal era um problema a nível nacional. Orazio Schillaci admitia na altura que era preciso aliciar mais clínicos estrangeiros para o país, noticiava a Reuters.
"Temos que chegar a acordo com outros países para conseguiu um número adequado de enfermeiras", afirmava o ministro Italiano, país que sempre hesitou em contratar pessoal médico estrangeiro.
Até agora, a Itália tinha conseguido formar a grande maioria dos médicos e enfermeiros de que necessitava, no entanto uma combinação de baixos salários e de esgotamento tem vindo a reduzir as fileiras - sobretudo em especialidades mais exigentes.
A situação intensificou-se durante a pandemia da Covid-19, altura em que 11 mil profissionais decidiu abandonar o sistema de saúde público do país. A par disso, um terço dos 102 mil médicos a trabalhar no sistema público poderão pedir a reforma em 2025 o que significa que este problema tende a aumentar.
A ajuda de médicos estrangeiros promete assim ser uma forma de solucionar o problema, embora a medida tenha sido recebida inicialmente com algumas preocupações. "[No início] não gostaram", afirma ao The Guardian a médica Francesca Liotta, referindo que isso mudou depois de estes profissionais terem aprendido a falar italiano.
Até ao momento, a iniciativa tem mostrado ser bem sucedida, de tal forma que os contratos com estes profissionais foram alargados até 2025.
E se muitos acham que os médicos cubanos são obrigados a estes intercâmbios, estes garantem que o fazem por gosto e porque têm muito a aprender.
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