Ucrânia. Só com "fianciamento previsível" Kyiv pode ganhar a guerra
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reiterou hoje que a Ucrânia necessita de "financiamento previsível" para ganhar a guerra à Rússia, alertando contra o cansaço dos aliados de Kyiv.
© Christian Marquardt/NurPhoto via Getty Images
Mundo Von der Leyen
"Os ucranianos necessitam de um financiamento previsível ao longo do ano de 2024 e para além deste", referiu a líder do executivo comunitário em Davos, Suíça, a duas semanas da reunião extraordinária do Conselho Europeu na qual se tentará desbloquear o pacote financeiro de longo prazo de 50 mil milhões de euros, travado pela Hungria em dezembro de 2023.
Von der Leyen mostrou-se convicta da vitória da Ucrânia na guerra, salientando que devem continuar a ser dados a Kyiv os meios para resistir, nomeadamente de armas.
A presidente da Comissão referiu ainda que a Rússia luta ainda com as armas "da desinformação e da informação adulterada", defendendo que Moscovo não alcançou os seus objetivos estratégicos, para além de ter falhado no campo económico, designadamente devido às sanções adotadas, e também no campo diplomático, com a adesão da Finlândia e a da Suécia, que deverá seguir-se em breve, à NATO, e a abertura das negociações de adesão da Ucrânia à União Europeia (UE).
Por seu lado, a ministra belga dos Negócios Estrangeiros, Hadja Lahib, apelou aos 27 Estados-membros para que aumentem a ajuda militar à Ucrânia, sublinhando não bastar mantê-los.
Falando em Estrasburgo, França, num debate com o Parlamento Europeu no âmbito da presidência semestral belga do Conselho da UE, Lahib referiu que a Ucrânia precisa de meios para responder à invasão russa.
"A guerra é uma ameaça para a soberania e segurança europeias, temos a obrigação de manter e aumentar o apoio à Ucrânia tanto temo quanto necessário", salientou a ministra belga.
Ursula von der Leyen interveio hoje na 54.ª edição do Fórum Económico Mundial, em Davos, que reúne esta semana líderes internacionais governamentais, institucionais, empresariais e da sociedade civil.
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