Autoridade Palestiniana quer colonos classificados como terroristas
A Autoridade Palestiniana reclamou hoje a inclusão nas listas internacionais de grupos terroristas das organizações de colonos, que têm intensificado a ocupação dos territórios palestinianos da Cisjordânia e de Jerusalém leste nas últimas semanas.
© David Dee Delgado/Getty Images
Mundo Israel/Palestina
Esta intensificação coincide com a ofensiva israelita na Faixa de Gaza, iniciada em 07 de outubro.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana argumentou que as ocupações são "uma expressão de uma política oficial israelita" liderada pelos ministros da Economia, Bezalel Smotrich, e da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, ambos elementos da extrema-direita israelita.
O conflito em curso entre Israel e o Hamas, que desde 2007 controla a Faixa de Gaza, foi desencadeado pelo ataque do movimento islamita palestiniano em território israelita em 07 de outubro.
Nesse dia, cerca de 1.140 pessoas foram mortas, na sua maioria civis mas também perto de 400 militares, segundo os últimos números oficiais israelitas. Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que mais de 100 permanecem na Faixa de Gaza.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre ao norte do território, que entretanto se estendeu ao sul.
A guerra entre Israel e o Hamas fez até agora na Faixa de Gaza mais de 24 mil mortos e mais de 59 mil feridos, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais, e cerca de 1,9 milhões de deslocados (cerca de 85% da população), segundo a ONU, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária.
Desde 07 de outubro, pelo menos 350 palestinianos também já foram mortos pelo Exército israelita e por ataques de colonos na Cisjordânia e Jerusalém leste, territórios ocupados pelo Estado judaico, a par de 5.600 detenções e mais de 3.000 feridos.
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