"Precisamos que lutem por novas eleições em condições diferentes", declarou Marinika Tepic, uma das principais figuras da oposição, prometendo continuar a lutar até à vitória.
Marinika Tepic salientou que a Europa e o mundo sabem os "ladrões foram apanhados em flagrante".
"Recebemos excelentes notícias da Europa. Amanhã [quarta-feira] vai ter lugar o debate no Parlamento Europeu sobre as eleições na Sérvia. Virámo-nos para a Europa e para o mundo, para a comunidade internacional, para lhes mostrar o que está a acontecer aqui na Sérvia e que não são possíveis eleições justas", acrescentou.
O SNS venceu as eleições legislativas e locais de 17 de dezembro, com 46,75% dos votos a nível nacional, mas os resultados estão a ser contestados com alegações de fraude.
Este resultado garante ao partido presidencial (da direita nacionalista) 129 dos 250 assentos parlamentares.
A principal coligação da oposição, Sérvia contra a Violência, obteve 23,66% dos votos (65 deputados), considerando os resultados eleitorais uma fraude.
O Presidente sérvio declarou em 30 de dezembro que o seu partido - que está no poder desde 2012 - deveria ter maioria absoluta a nível nacional.
As votações de 17 de dezembro foram contestadas desde o primeiro dia pela oposição, que denuncia a existência de fraude, promovendo manifestações quase diárias em frente à sede da Comissão Eleitoral e bloqueios das ruas de Belgrado, para além de pedir à União Europeia para organizar uma investigação internacional independente para verificar as suas alegações de irregularidades.
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