Há novos detalhes sobre a polémica hospitalização do chefe do Pentágono, Lloyd Austin. Um áudio obtido pela Reuters revela que um assessor do secretário da Defesa dos Estados Unidos pediu, durante uma chamada de emergência para o 112, no dia de Ano Novo, que a ambulância que fosse buscar Austin mantivesse as luzes e as sirenes desligadas.
"A ambulância pode não aparecer com luzes e as sirenes? Estamos a tentar ser um pouco subtis", disse o assessor, cujo nome foi suprimido do áudio.
Segundo a agência, o assessor disse à central que Austin não sentia que ia desmaiar e não estava desorientado ou confuso. Posteriormente, perguntou se a ambulância da Virgínia o poderia levar para o Centro Nacional Médico Militar Walter Reed, que fica em Bethesda, Maryland.
O áudio foi divulgado à Reuters pelo condado de Fairfax, Virgínia, que processa os pedidos da Lei de Liberdade de Informação, nota a Reuters.
Recorde-se que a ida de Austin para Centro Médico Militar Nacional Walter Reed e consequente hospitalização foram mantidas em segredo durante dias, inclusivamente do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, do secretário de Estado, Antony Blinken, e da sua substituta de Austin, Kathleen Hicks.
Na passada semana, o Pentágono anunciou o lançamento de uma investigação interna, liderada pelo inspetor-geral do Departamento, Robert Storch, devido à falta de comunicação entre gabinetes.
A forma como o assunto foi tratado desencadeou uma polémica e houve quem pedisse a demissão do chefe do Pentágono. Austin, de 70 anos, está imediatamente atrás do presidente na cadeia de comando militar dos EUA e desempenha um papel central nos numerosos teatros de guerra em que os Estados Unidos estão envolvidos em todo o mundo, incluindo o conflito entre Israel e o grupo islamita Hamas, os ataques contra os Huthis no Mar Vermelho ou a guerra na Ucrânia.
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