Meteorologia

  • 08 SEPTEMBER 2024
Tempo
16º
MIN 15º MÁX 26º

Irlanda quer "relação forte e construtiva" com China, apesar das divisões

O primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, afirmou hoje, na receção ao seu homologo chinês, Li Qiang, que a Irlanda deseja uma "relação forte e construtiva" com a China, apesar de falta de unanimidade em algumas questões.

Irlanda quer "relação forte e construtiva" com China, apesar das divisões
Notícias ao Minuto

20:02 - 17/01/24 por Lusa

Mundo Leo Varadkar

Após o encontro bilateral, Varadkar indicou a vontade de uma relação bilateral "baseada na confiança e no respeito" e que foram levantadas preocupações com direitos humanos, enquanto Li notou o "enorme potencial" de cooperação entre as partes.

"Queremos ter uma relação muito forte e construtiva com a China (...) baseada na confiança e no respeito", assim como respeitando valores e o sistema multilateral, afirmou Varadkar, notando que não se chegará a acordo "acerca de tudo".

"Mas espero que falemos sempre com honestidade e respeito uns com os outros, e com franqueza, como fizemos hoje", acrescentou o chefe de Governo da Irlanda, que também referiu o papel global "indispensável" da China na resposta a desafios, que se estendem a alterações climáticas e a questões de segurança, incluindo os conflitos na Ucrânia, no Médio Oriente e em Myanmar.

Leo Varadkar referiu ainda que as autoridades irlandesas manifestaram preocupações com direitos humanos relativamente a Xinjiang, Tibete, Hong Kong, Macau e com o julgamento de Jimmy Lai, magnata de media pró-democracia de Hong Kong.

O europeu afirmou que o seu homólogo estava satisfeito em discutir este tema, acrescentando "ser justo dizer" que do outro lado possa haver "uma visão muito diferente dos factos" e o contestar sobre o que é noticiado.

Indicando que o comércio entre a Irlanda e a China triplicou nos últimos cinco anos e o claro desejo de ambos manterem o investimento, Varadkar informou que a China concordou em abrir imediatamente o seu mercado à carne irlandesa.

As exportações foram suspensas em novembro, depois de as autoridades veterinárias irlandesas terem descoberto um caso de encefalopatia espongiforme bovina atípica (doença das vaca loucas).

Esta é a primeira visita de um alto líder chinês à Irlanda desde a do anterior primeiro-ministro chinês Li Keqiang, em 2015. Li chegou ao país do Fórum Económico Mundial em Davos, na Suíça, onde apresentou a China como uma oportunidade de investimento, apesar da desaceleração da sua economia.

A Irlanda foi o terceiro país europeu visitado por Li desde que foi nomeado como principal responsável económico da China em março passado.

No verão passado, o número 2 de Pequim como primeiros destinos a visitar fora da China as principais economias europeias, ou seja França e Alemanha, num contexto de apelos crescentes para que a União Europeia "diminua o risco" -- evite a dependência excessiva do comércio chinês -- e de tensões sobre a posição de chinesa acerca da guerra da Rússia na Ucrânia.

O Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros enquadrou as deslocações à Suíça e à Irlanda como o "início" de "intercâmbios de alto nível entre a China e a Europa em 2024".

As visitas são caracterizadas por alguns como um esforço para atenuar tensões latentes sobre desequilíbrios comerciais e preocupações de segurança relacionadas com as tecnologias.

Tal como os EUA, a União Europeia rejeitou a perspetiva de afastamento da economia chinesa, sublinhando em alternativa a necessidade de "reduzir o risco" e proteger melhor os seus setores económicos críticos.

Leia Também: Irlanda do Norte. Impasse político persiste a poucos dias de grande greve

Recomendados para si

;
Campo obrigatório