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EUA "governaram o mundo durante 500 anos" mas estão a ser "ultrapassados"

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, considerou ainda que as relações entre Rússia e China estão a passar "o melhor período da sua história".

EUA "governaram o mundo durante 500 anos" mas estão a ser "ultrapassados"
Notícias ao Minuto

09:43 - 18/01/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

Os Estados Unidos "governaram o mundo durante 500 anos", sem "concorrência", a não ser durante o período soviético, começou por argumentar o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, esta quinta-feira, em conferência de imprensa, citado pela Sky News.

Os norte-americanos estão, no entanto, "a ser ultrapassados", bem como "outros países ocidentais", por "centros de crescimento económico emergentes e fortalecidos".

Sem especificar a que países se referia, Lavrov afirmou que as relações entre Rússia e China estão a passar "o melhor período da sua história".

Já sobre o envolvimento norte-americano na crescente violência no Médio Oriente, e o seu apoio a Israel, o ministro russo disse que os EUA e o Reino Unido "têm ultrapassado e basicamente pisoteado todas as normas do direito internacional, incluindo a resolução do Conselho de Segurança, que apenas apelava à defesa da navegação comercial".

As justificações norte-americanas para realizar ataques no Iémen, contra rebeldes Huti, têm sido "patéticas", considerou, comparando-os com os ataques que aconteceram na Líbia, em 2011. 

Lavrov lembrou aos Estados Unidos e ao Reino Unido que "ninguém autorizou a bombardear o Iémen, tal como ninguém autorizou a NATO a bombardear a Líbia em 2011".

O ministro russo garantiu que ao bombardear a Líbia em 2011, as potências ocidentais transformaram o país norte-africano "num buraco negro".

Moscovo condenou desde o início os ataques aéreos contra os Hutis, que são apoiados pelo Irão, em resposta ao lançamento de mísseis dos rebeldes iemenitas contra navios no Golfo de Aden e no Mar Vermelho.

Os Estados lançaram nesta quarta-feira uma nova onda de ataques contra zonas do Iémen controladas pelos rebeldes Huthis horas depois de declararem o grupo xiita "terrorista", informou o Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM, em inglês).

Poucas horas antes, o CENTCOM tinha confirmado que um navio norte-americano havia sofrido um ataque com mísseis no Golfo de Aden, localizado ao largo da costa do Iémen, que não provocou feridos.

Lavrov participará pessoalmente, de 22 a 24 de janeiro, nos debates do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação no Médio Oriente e na Ucrânia.

A Rússia iniciou uma invasão em grande escala da Ucrânia em fevereiro de 2022, espoletando um conflito armado que, segundo os dados das Nações Unidas, já vitimou mais de 10 mil civis. Os Estados Unidos têm apoiado fortemente Kyiv, fornecendo-lhe apoio financeiro e militar.

Em simultâneo, no âmbito do conflito armado entre Israel e o grupo islamita Hamas, os EUA têm também sido criticados pelo seu apoio a Telavive.

[Notícia atualizada às 10h38]

Leia Também: Lavrov participa no Conselho de Segurança da ONU em Nova Iorque este mês

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