Um total de 301 clubes desportivos palestinianos e 32 organizações da sociedade civil estão a apelar a que Israel seja banido dos Jogos Olímpicos de 2024, que decorrem em Paris, França.
Numa petição conjunta, estas entidades apelam ao Comité Olímpico Internacional (COI) para que "aplique os seus princípios e cumpra as suas obrigações, banindo Israel dos próximos Jogos Olímpicos, a realizar em Paris, em julho de 2024, até que [Telavive] ponha termo às graves violações do direito internacional, particularmente do seu sistema de apartheid e o seu genocídio em curso em Gaza".
"Há mais de três meses que Israel tem travado uma guerra genocida contra 2,3 milhões de palestinianos na faixa de Gaza ocupada e cercada, incluindo dezenas de milhares de atletas, adeptos e seguidores dos Jogos Olímpicos. Face a este genocídio televisado, já não há qualquer desculpa para que os organismos desportivos ou não desportivos internacionais não expulsem Israel ou, pelo menos, suspendam a sua adesão", escreveram os assinantes, num pedido tornado público pelo movimento BDS, pró-Palestina.
Os assinantes alegam que "permitir que Israel, no meio de um genocídio, participe nos próximos Jogos Olímpicos seria um sinal para a comunidade internacional de que o COI aprova os mais graves crimes de guerra".
A lista de signatários inclui clubes, masculinos e femininos, de futebol, basquetebol e voleibol, alguns dos quais viram atletas seus a morrer em ataques israelitas.
No mês passado, o selecionador olímpico da Palestina e antigo jogador, Hani al-Masdar, foi morto num ataque israelita. O gabinete do Comité Olímpico da Palestina em Gaza foi também destruído por bombardeamentos de Israel.
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