União Europeia sanciona seis pessoas por financiarem Hamas
A União Europeia (UE) decidiu hoje sancionar seis cidadãos do Médio Oriente e de África por financiarem o grupo islamita Hamas, considerado como terrorista pelo bloco comunitário, proibindo a transferência de fundos e a entrada no território europeu.
© Mustafa Hassona/Anadolu Agency via Getty Images
Mundo Israel
"Já adotámos -- e será anunciada entretanto -- a inclusão de seis pessoas [na lista de terroristas sujeitos a sanções] por terem vindo a financiar o Hamas", indicou um alto funcionário europeu.
Dias antes de um Conselho de Negócios Estrangeiros, que decorre na segunda-feira em Bruxelas e que será dedicado ao conflito no Médio Oriente, o mesmo responsável apontou estarem em causa "proibições à transferência de fundos e à entrada no território" da UE.
Destes seis indivíduos agora abrangidos, "nenhum é cidadão europeu", tratando-se de "africanos e do Médio Oriente", de acordo com o mesmo alto funcionário da UE.
Entretanto, em comunicado, o Conselho da UE confirmou que "decidiu incluir na lista seis indivíduos de diferentes nacionalidades responsáveis pela prestação de apoio financeiro ao Hamas".
"As pessoas incluídas na lista do regime de sanções estão sujeitas a um congelamento de bens, estando proibido o fornecimento de fundos ou recursos económicos, direta ou indiretamente, a essas pessoas ou em seu benefício. Além disso, as pessoas singulares incluídas na lista são objeto de uma proibição de viajar para a UE", adianta o Conselho.
Ainda hoje, segundo esta instituição, os Estados-membros decidiram avançar com "um quadro específico de medidas restritivas que permitirá à União Europeia responsabilizar qualquer pessoa ou entidade que apoie, facilite ou permita ações violentas do Hamas e da Jihad Islâmica Palestiniana".
O anúncio surge depois de, na passada terça-feira, o Conselho da UE ter acrescentado o líder do Hamas em Gaza, responsável pelos ataques de 07 de outubro em Israel, à lista de terroristas sujeitos a sanções, que entram em vigor imediatamente.
Yahya Sinwar, líder político do Hamas, organização classificada como terrorista pela UE, foi incluído na lista na sequência da resposta dos 27 Estados-membros aos "ataques brutais e indiscriminados", segundo um comunicado divulgado na altura.
Por outro lado, foi também acrescentado à lista o militante extremista do Al-Shabab, na Somália, Ahmed Muller, por ter participado em atos terroristas e em operações de combate.
Ambos ficaram com bens que possuam na UE congelados e impedidos de entrar no bloco.
O conflito em curso entre Israel e o Hamas foi intensificado pelo ataque do movimento islamita em território israelita em 07 de outubro de 2023.
Nesse dia, 1.140 pessoas foram mortas, na sua maioria civis, mas também perto de 400 militares, segundo os últimos números oficiais israelitas.
Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que cerca de 130 permanecem na Faixa de Gaza.
Em retaliação, os bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza mataram, segundo o governo local liderado desde 2007 pelo Hamas, mais de 24.000 pessoas -- na maioria mulheres, crianças e adolescentes -- e feridas mais de 60 mil, também maioritariamente civis.
[Notícia atualizada às 18h25]
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