Israel. Netanyahu espera provas sobre envio de medicamentos para reféns
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, continua à espera de provas de que os medicamentos entregues na Faixa de Gaza estão a ser fornecidos aos reféns mantidos em cativeiro pelo Hamas.
© Sean Gallup/Getty Images
Mundo Israel
O envio dos medicamentos enquadra-se numa iniciativa mediada pelo Qatar e pela França.
O chefe do Executivo de Israel referiu-se ao assunto durante um encontro em Jerusalém com o ministro francês da Defesa, Sebastien Lecornu.
No mesmo encontro foi discutida também a situação na fronteira de Israel com o Líbano e a necessidade de se cumprir a resolução de 2006 do Conselho de Segurança das Nações Unidas para pôr fim ao conflito na região.
A este respeito, Netanyahu indicou que o país "está pronto" para atingir os "objetivos", quer através de canais diplomáticos, "quer por outros meios", publicou o jornal Times of Israel sem especificar detalhes.
No dia 7 de outubro de 2023, o Hamas lançou uma série de ataques em território israelita que causaram a morte de quase 1200 pessoas e 240 reféns, dos quais cerca de 100 foram libertados.
O Exército israelita lançou uma contraofensiva sangrenta na Faixa de Gaza que já matou 25.300 pessoas e feriu quase 63 mil pessoas.
No domingo, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, rejeitou as condições do Hamas para libertar os reféns que continuam na Faixa de Gaza, incluindo o fim das hostilidades e a retirada total das tropas israelitas do território.
"Rejeito categoricamente as condições de rendição dos monstros do Hamas", afirmou Netanyahu numa mensagem de vídeo divulgada no domingo, numa aparente resposta a informações sobre uma nova proposta de acordo mediada pelo Egito e Qatar.
Hoje, dezenas de familiares de reféns ainda detidos pelo Hamas na Faixa de Gaza invadiram uma reunião da Comissão de Finanças do parlamento israelita para exigir ações concretas que levem à libertação dos cativos.
"Não vão ficar aqui sentados enquanto eles estão a morrer lá!", gritaram os manifestantes quando entraram na reunião parlamentar.
No domingo à noite, os familiares dos reféns montaram uma tenda em Jerusalém e prometeram permanecer no local em protesto até que o Governo liderado por Benjamin Netanyahu alcance um acordo para libertar as pessoas sequestradas que ainda permanecem no enclave controlado pelo Hamas.
Por outro lado, em Bruxelas, o chefe da diplomacia europeia disse hoje que a situação humanitária na Faixa de Gaza "não podia ser pior", rejeitando paz imposta por Israel "apenas por meios militares" e que deve antes assentar numa solução sob o princípio dos dois Estados.
"Vamos ter hoje um Conselho de Negócios Estrangeiros excecional [já que] nunca antes tivemos um Conselho com tantos convidados nestas circunstâncias dramáticas" e o objetivo é envolver as partes "afetadas pela situação em Gaza [...], que não podia ser pior", declarou o Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell.
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