Sekou Jamal Pendessa, secretário-geral do Sindicato da Imprensa Guineense (SPPG), foi detido a 19 de janeiro e, na sequência, interrogado durante cerca de duas horas no tribunal de Dixinn, nos arredores de Conacri, a capital da Guiné-Conacri, país que faz fronteira com a Guiné-Bissau.
O tribunal deu de seguida ordem para a sua prisão num estabelecimento prisional em Conacri por "participação numa manifestação não autorizada", disse um funcionário judicial à agência noticiosa France-Presse (AFP).
"Este é mais um caso flagrante de violação dos direitos humanos por parte das autoridades de transição", ou seja, da junta que tomou o poder pela força em 2021, declarou aos jornalistas o advogado do secretário-geral do SPPG, Salifou Béavogui.
O SPPG tinha convocado uma manifestação na quinta-feira "para libertar os meios de comunicação social e as redes sociais", com o apoio de organizações da sociedade civil. As autoridades tinham avisado que iriam reprimir a concentração. Todas as manifestações são proibidas na Guiné-Conacri desde 2022.
Nas últimas semanas, o acesso à Internet foi severamente restringido, os canais de televisão foram retirados dos principais pacotes de distribuição e as frequências de rádio foram bloqueadas.
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