Um responsável paquistanês na fronteira confirmou à agência France-Presse (AFP) a reabertura, explicando que foi possível graças às negociações entre Islamabad e Cabul.
"Foi acordado durante as conversações que, até 31 de março, os condutores paquistaneses e afegãos poderiam atravessar a fronteira sem vistos ou passaportes", explicou o funcionário, que não quis ser identificado.
"No entanto, a partir de 01 de abril, serão necessários vistos e passaportes", acrescentou.
Já Abdul Jabbar Hkmat, funcionário afegão do posto fronteiriço de Torkham, explicou que "os veículos pesados de mercadorias podem passar", uma vez que o Paquistão concordou que os condutores afegãos "não devem ter passaportes ou vistos" para entrar em território nacional. Muitos afegãos não têm passaporte.
A passagem de Torkham, habitualmente muito movimentada, foi encerrada várias vezes nos últimos meses, depois de Islamabad ter pressionado os afegãos sem documentos a deixarem o Paquistão e de ter tornado mais rigorosos os requisitos de entrada no país.
Mais de meio milhão de afegãos regressaram do Paquistão desde meados de setembro, segundo a Organização Internacional para as Migrações.
Em 12 de janeiro, Torkham foi novamente encerrada a veículos comerciais e a viajantes que pretendiam visitar o Paquistão por razões médicas.
Desde então, milhares de camiões ficaram retidos no local, sendo que alguns dos quais transportavam produtos alimentares.
O posto fronteiriço de Chaman (Paquistão)/Spin Boldak (Afeganistão), o segundo mais importante entre os dois países, permanecia hoje encerrado, segundo um correspondente da AFP.
As relações entre o Paquistão e o Afeganistão têm passado por momentos de tensão nos últimos meses, com Islamabad a acusar Cabul de permitir que militantes islâmicos em solo afegão preparem ataques no Paquistão.
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