Reabre fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão

A fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão reabriu esta manhã, após um encerramento de dez dias que bloqueou a passagem de milhares de veículos pesados de mercadorias, anunciaram os dois países.

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Lusa
23/01/2024 07:43 ‧ 23/01/2024 por Lusa

Mundo

Afeganistão/Paquistão

Um responsável paquistanês na fronteira confirmou à agência France-Presse (AFP) a reabertura, explicando que foi possível graças às negociações entre Islamabad e Cabul.

"Foi acordado durante as conversações que, até 31 de março, os condutores paquistaneses e afegãos poderiam atravessar a fronteira sem vistos ou passaportes", explicou o funcionário, que não quis ser identificado.

"No entanto, a partir de 01 de abril, serão necessários vistos e passaportes", acrescentou.

Já Abdul Jabbar Hkmat, funcionário afegão do posto fronteiriço de Torkham, explicou que "os veículos pesados de mercadorias podem passar", uma vez que o Paquistão concordou que os condutores afegãos "não devem ter passaportes ou vistos" para entrar em território nacional. Muitos afegãos não têm passaporte.

A passagem de Torkham, habitualmente muito movimentada, foi encerrada várias vezes nos últimos meses, depois de Islamabad ter pressionado os afegãos sem documentos a deixarem o Paquistão e de ter tornado mais rigorosos os requisitos de entrada no país.

Mais de meio milhão de afegãos regressaram do Paquistão desde meados de setembro, segundo a Organização Internacional para as Migrações.

Em 12 de janeiro, Torkham foi novamente encerrada a veículos comerciais e a viajantes que pretendiam visitar o Paquistão por razões médicas.

Desde então, milhares de camiões ficaram retidos no local, sendo que alguns dos quais transportavam produtos alimentares.

O posto fronteiriço de Chaman (Paquistão)/Spin Boldak (Afeganistão), o segundo mais importante entre os dois países, permanecia hoje encerrado, segundo um correspondente da AFP.

As relações entre o Paquistão e o Afeganistão têm passado por momentos de tensão nos últimos meses, com Islamabad a acusar Cabul de permitir que militantes islâmicos em solo afegão preparem ataques no Paquistão.

Leia Também: Paquistão e Irão decidem desescalar tensões após ataques

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