"A Itália sempre foi a favor de um Estado palestiniano e é por isso que não concordo com a posição expressa pelo primeiro-ministro israelita sobre o assunto", afirmou Meloni na Câmara dos Deputados italiana, admitindo, porém, que tem de haver também concordância noutros aspetos.
"Um acordo não pode ser unilateralmente solicitado: a premissa é o reconhecimento, por parte dos interlocutores, de Israel e do direito dos israelitas a viverem em segurança", sublinhou.
Na sessão de perguntas e respostas da Câmara dos Deputados, Meloni adiantou também que Itália está a fazer esforços para que possa trazer crianças palestinianas para receberem tratamento médico em Itália.
"Fomos os primeiros a enviar ajuda para Gaza. Aproveito esta oportunidade para anunciar que estamos a trabalhar para trazer crianças palestinianas para Itália com o objetivo de serem tratadas nos nossos hospitais", declarou.
A este propósito, o ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, afirmou hoje que as primeiras 30 das 100 crianças de Gaza que a Itália concordou em tratar com as suas famílias devem chegar nos próximos dias num transporte aéreo proveniente do Egito.
Outras 30 crianças e seus cuidadores chegarão a Itália no final de janeiro, a bordo do navio Vulcano da Marinha, que deixará em breve o porto de al-Arish, no Mar Mediterrâneo, localizado 344 quilómetros a nordeste do Cairo, na Península do Sinai, acrescentou.
"[O Ministério da Defesa] anuncia com prazer e orgulho o início da operação. [...] O pessoal da defesa já está a trabalhar, juntamente com o do Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação Internacional e do Hospital [Pediátrico] Gaslini [de Génova], para assegurar a transferência", acrescentou Crosetto.
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