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Polícia islâmica nigeriana procura 'influencers' por "vídeos imorais"

A polícia islâmica (Hisbah) de Kano, no noroeste da Nigéria, ordenou que seis 'influencers' da rede social TikTok se apresentassem nas instalações judiciárias por terem "proferido obscenidades imorais 'online'", declarou hoje o chefe da polícia. 

Polícia islâmica nigeriana procura 'influencers' por "vídeos imorais"
Notícias ao Minuto

19:01 - 24/01/24 por Lusa

Mundo Nigéria

"Estamos à procura dos seis 'TikTokers' para virem explicar porque publicaram o vídeo depois de nos terem prometido que nunca mais o fariam", disse Aminu Daurawa, chefe da Hisbah, referindo-se a um vídeo que menciona um afrodisíaco.

Entre os 'influencers' procurados - três mulheres e três homens - encontra-se Murja Kunya, de 24 anos, que já teve vários problemas com a Hisbah por causa de vídeos considerados "obscenos", que conduziram à sua detenção e prisão.

Os outros são Gfresh, Saadiya Haruna, Ashiru Idris, Ummee Shakira e Hassan Makeup.

Kano é um dos 12 Estados predominantemente muçulmanos do Norte onde a Sharia (sistema jurídico islâmico que deriva das orientações do Alcorão) é aplicada a par da lei comum.

Em novembro, Murja Kunya e dezenas de 'influencers' aceitaram um convite do Hisbah para participarem numa reunião destinada a combater os conteúdos "imorais" que publicam 'online'.

A reunião foi amplamente vista como uma mudança na abordagem autoritária da Hisbah.

"Não temos qualquer intenção de os acusar nesta fase, tudo o que queremos fazer é repreendê-los e dar-lhes uma oportunidade de explicar por que razão não cumpriram a sua promessa", disse Daurawa.

O chefe da polícia islâmica disse ter-se reunido com os executivos do TikTok na Nigéria para lhes pedir que suspendam as contas dos influenciadores se estes continuarem a publicar vídeos "imorais".

Kano é o lar de uma indústria cinematográfica em expansão, conhecida como Kannywood, que produz mais de 200 filmes por mês na língua local Hausa, falada na região e em toda a África Ocidental.

O gabinete de censura criado por pregadores muçulmanos e autoridades locais para controlar Kannywood alargou as suas atividades às redes sociais em 2022.

Leia Também: Nigéria não investiga ataque aéreo que matou 40 pessoas há um ano

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