Ataques de rebeldes das ADF fazem pelo menos 15 mortos na RDCongo

Pelo menos 15 pessoas morreram em dois ataques das Forças Democráticas Aliadas (ADF), um grupo com ligações ao Estado Islâmico, na República Democrática do Congo (RDCongo), revelou hoje um líder local.

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Lusa
25/01/2024 15:31 ‧ 25/01/2024 por Lusa

Mundo

RDCongo

"A localidade de Mavivi, infelizmente, foi o objetivo dos rebeldes das ADF, que mataram dez civis, antes de fugirem com alguns reféns e vários bens dos habitantes", disse o porta-voz da sociedade civil de Beni, Delphin Mupanda, à agência espanhola de notícias EFE.

Depois de Mavivi, os atacantes seguiram para a localidade de Ngite, também na província do Kivu do Norte, onde "morreram pelo menos mais cinco pessoas - dois militares e três rebeldes", acrescentou o porta-voz, salientando que "o Exército já lançou uma operação de busca e salvamento para os reféns, que na sua maioria são jovens".

As ADF são um grupo rebelde de origem ugandesa que atualmente tem bases nas províncias de Kivu do Norte e na vizinha Ituri, na RDCongo.

Os seus objetivos são considerados difusos para além de uma possível ligação com o extremista Estado Islâmico, que por vezes assume a responsabilidade pelos seus ataques.

Embora os especialistas do Conselho de Segurança das Nações Unidas não tenham encontrado provas de apoio direto do Estado Islâmico à ADF, os Estados Unidos identificam-na desde março de 2021 como "uma organização terrorista" afiliada ao grupo jihadista.

As bases desta organização são no leste do Congo.

As autoridades do vizinho Uganda também acusam o grupo de organizar ataques no seu território.

Para pôr fim às FAD, os exércitos da RDCongo e do Uganda iniciaram uma operação militar conjunta em território congolês em novembro de 2021 que ainda está em curso, mas os ataques rebeldes não pararam.

Desde 1998, o leste da RDCongo vive um conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo exército, apesar da presença da missão da ONU no país.

Leia Também: África do Sul, Namíbia, RD Congo e Costa do Marfim nos 'oitavos'

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