"A localidade de Mavivi, infelizmente, foi o objetivo dos rebeldes das ADF, que mataram dez civis, antes de fugirem com alguns reféns e vários bens dos habitantes", disse o porta-voz da sociedade civil de Beni, Delphin Mupanda, à agência espanhola de notícias EFE.
Depois de Mavivi, os atacantes seguiram para a localidade de Ngite, também na província do Kivu do Norte, onde "morreram pelo menos mais cinco pessoas - dois militares e três rebeldes", acrescentou o porta-voz, salientando que "o Exército já lançou uma operação de busca e salvamento para os reféns, que na sua maioria são jovens".
As ADF são um grupo rebelde de origem ugandesa que atualmente tem bases nas províncias de Kivu do Norte e na vizinha Ituri, na RDCongo.
Os seus objetivos são considerados difusos para além de uma possível ligação com o extremista Estado Islâmico, que por vezes assume a responsabilidade pelos seus ataques.
Embora os especialistas do Conselho de Segurança das Nações Unidas não tenham encontrado provas de apoio direto do Estado Islâmico à ADF, os Estados Unidos identificam-na desde março de 2021 como "uma organização terrorista" afiliada ao grupo jihadista.
As bases desta organização são no leste do Congo.
As autoridades do vizinho Uganda também acusam o grupo de organizar ataques no seu território.
Para pôr fim às FAD, os exércitos da RDCongo e do Uganda iniciaram uma operação militar conjunta em território congolês em novembro de 2021 que ainda está em curso, mas os ataques rebeldes não pararam.
Desde 1998, o leste da RDCongo vive um conflito alimentado por milícias rebeldes e pelo exército, apesar da presença da missão da ONU no país.
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