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Rússia nega abertura para negociar adesão de Kyiv à NATO

A Rússia negou hoje que o Presidente Vladimir Putin tenha manifestado qualquer disponibilidade aos Estados Unidos para negociar a entrada da Ucrânia na NATO em troca do controlo russo sobre os territórios anexados no país vizinho.

Rússia nega abertura para negociar adesão de Kyiv à NATO
Notícias ao Minuto

14:00 - 26/01/24 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

"Esta informação está errada e não coincide em absoluto com a realidade", disse o porta-voz da Presidência russa (Kremlin), Dmitri Peskov, na habitual conferência de imprensa diária.

Anteriormente, e citando fontes próximas do Kremlin, a agência de notícias Bloomberg tinha avançado que o Presidente russo, Vladimir Putin, estaria a tentar perceber se Washington é favorável ao início de conversações sobre o fim da guerra na Ucrânia.

Segundo duas fontes citadas pela Bloomberg, o líder russo terá enviado sinais aos Estados Unidos da América (EUA) sobre uma possível vontade de Moscovo em dialogar.

De acordo com as informações avançadas pela agência noticiosa, o líder do Kremlin poderá estar disposto a considerar a eventual adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica, desde que Kiev aceite as novas "realidades territoriais", referindo-se às regiões ucranianas anexadas por Moscovo.

Até agora, a Ucrânia sempre se opôs a fazer concessões territoriais a Moscovo ou a congelar o conflito porque, segundo defende o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, isso só beneficiaria Moscovo.

O Kremlin censurou também hoje os países ocidentais por não terem condenado o derrube do avião de transporte militar russo Il-76, que transportava prisioneiros ucranianos e que segundo Moscovo foi da responsabilidade da Ucrânia, durante a reunião de quinta-feira do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

"Até agora não há nenhuma condenação categórica dos países ocidentais sobre este horrível ataque terrorista. Não ouvimos uma única palavra de condenação", declarou Peskov.

Segundo o porta-voz do Kremlin, "este acontecimento requer uma avaliação adequada por parte da comunidade internacional", uma vez que, alegou, "esta não é a primeira vez que Kiev mata o seu próprio povo".

Questionado sobre a disponibilidade da Presidência russa para apresentar provas à ONU ou a outras organizações internacionais de que a Ucrânia esteve envolvida na queda do avião ou de que as autoridades ucranianas sabiam quem viajava a bordo da aeronave, Peskov respondeu apenas que, neste momento, não tinha "nada a acrescentar".

"Os investigadores estão a trabalhar e as decisões serão tomadas à medida que obtiverem todas as informações necessárias", acrescentou.

Segundo a versão russa, o avião de transporte militar Il-76 foi abatido na quarta-feira pela Ucrânia com 65 prisioneiros de guerra ucranianos a bordo, além de seis tripulantes e três guardas russos, que supostamente viajava para a Ucrânia para efetuar uma troca de prisioneiros.

Por sua vez, a Ucrânia, que confirmou que estava a ser preparada uma troca, afirma que o avião transportava armas e não prisioneiros de guerra.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: Pelo menos 11 trabalhadores humanitários morreram na Ucrânia em 2023

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