ONU despede funcionários por alegada cumplicidade em ataque do Hamas

A decisão foi tomada depois de alegações de que vários funcionários em Gaza terão participado no ataque levado a cabo pelo grupo islamita em Israel a 7 de outubro.

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© REUTERS/Ronen Zvulun

Notícias ao Minuto
26/01/2024 15:16 ‧ 26/01/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Israel/Palestina

A Organização das Nações Unidas (ONU) despediu vários funcionários em Gaza, esta quinta-feira, devido à alegada participação no ataque de 7 de Outubro, que marcou o início do conflito entre Israel e o Hamas.

"Por forma proteger a capacidade da Agência de prestar assistência humanitária, tomei a decisão de rescindir imediatamente os contratos destes funcionários e de abrir um inquérito para apurar a verdade sem demora", anunciou o diretor da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês), Philippe Lazzarini.

O responsável adiantou ainda na nota, citada pela agência France-Presse (AFP), que qualquer funcionário que tenha estado envolvido nestes atos "será responsabilizado".

"A UNWRA reitera a sua condenação, nos termos mais veementes, dos abomináveis ataques de 7 de outubro e apela à libertação imediata e incondicional de todos os reféns israelitas e ao seu regresso em segurança às respectivas famílias", refere ainda Philippe Lazzarini.

O diretor da agência notou ainda que estas alegações, feitas por Israel, surgem numa altura em que mais de dois milhões de pessoas em Gaza depende de assistência humanitária vinda da UNRWA. "Quem trai os valores fundamentais das Nações Unidas trai também aqueles que servimos em Gaza, na região e em todo o mundo", declarou.

A UNRWA foi fundada em 1949 por forma a prestar assistência humanitária e proteção aos refugiados palestinianos. Desde aí que já contratou cerca de 30 mil funcionários, a maioria dos quais são palestinianos.

Segundo a AFP, um relatório conhecido o ano passado concluiu que várias escolas geridas pela agência tinham glorificado o ataque que aconteceu a 7 de outubro.

[Notícia atualizada às 15h36]

Leia Também: Embaixador de Israel em Lisboa reage à acusação de genocídio

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