EUA ponderam sanções contra Venezuela por veto a candidata da oposição
Os Estados Unidos estão a ponderar restabelecer sanções contra a Venezuela depois de o Supremo Tribunal ter vetado a principal candidata da oposição, Maria Corina Machado, na sexta-feira, disse um hoje um porta-voz do Departamento de Estado.
© Nathan Howard/Bloomberg via Getty Images
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Os Estados Unidos, que anunciaram em meados de outubro uma redução das sanções impostas contra Caracas nos setores do gás e do petróleo, "estão em processo de revisão da sua política de sanções (...) com base neste desenvolvimento e nos recentes ataques políticos a candidatos da oposição democrática e da sociedade civil", disse o porta-voz Matthew Miller.
Segundo Washington, a decisão do Supremo Tribunal de desqualificar a candidata "vitoriosa nas primárias democráticas da oposição não é consistente com o compromisso assumido pelos representantes do Presidente Nicolás Maduro de organizar uma eleição presidencial justa em 2024".
O porta-voz, citado pela agência AFP, salientou que Maria Corina Machado "não foi notificada das acusações contra si e que não lhe foi dada oportunidade de responder", adianta a AFP.
Para o Departamento de Estado norte-americano, "esta decisão muito preocupante vai contra os compromissos assumidos pelo Presidente Maduro e os seus representantes no âmbito do acordo de Barbados", que estabelece um roteiro eleitoral.
Este acordo permite, nomeadamente, que todos os partidos selecionem os seus candidatos para as eleições presidenciais.
Na sexta-feira, o Supremo Tribunal da Venezuela, muitas vezes acusado de estar sob ordens do poder político, desqualificou Maria Corina Machado por um período de "15 anos", declarando "nulo" o pedido da candidata, que contestou a sua inelegibilidade por irregularidades administrativas e traição depois de apoiar os EUA nas sanções contra o Governo de Nicolás Maduro.
A oposição sempre recusou estas sanções, acreditando que a Maria Corina Machado, que venceu folgadamente as primárias, é inocente.
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