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Desmantelado grupo que roubava cadáveres para vender: 1.200€ por corpo

O grupo procurava corpos de pessoas que não tivessem familiares, de preferência estrangeiros ou que tivessem vivido em condições de vida precárias, e depois vendia-os a universidades para serem estudados.

Desmantelado grupo que roubava cadáveres para vender: 1.200€ por corpo
Notícias ao Minuto

09:54 - 29/01/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Espanha

A Polícia Nacional espanhola desmantelou uma rede criminosa, na região de Valência, que se dedicava ao roubo e venda de cadáveres. Segundo a autoridade, o grupo falsificava documentos para poder levantar os cadáveres de hospitais e lares e cada corpo era vendido por 1.200 euros a universidades para serem estudados.

A investigação começou no início de 2023, após a polícia espanhola ter conhecimento de que um corpo tinha sido retirado de um hospital de forma irregular por uma agência funerária.

Durante as diligências policiais, nas quais foram feitos "numerosos inquéritos", foi possível apurar que "dois empregados da agência funerária, depois de falsificarem documentos, se tinham apoderado de um corpo na morgue do hospital e o tinham transferido para uma universidade para estudo, em vez de o enterrarem"

De acordo com a autoridade, o corpo deveria ter sido enterrado no seu local de residência, em Valência, "mas foi vendido para estudo por quase 1.200 euros, sem o consentimento de qualquer familiar ou amigo".

Num outro caso, um homem, que se encontrava internado num lar de idosos, terá aceitado doar o seu corpo três dias antes da sua morte. No entanto, os investigadores acreditam que terá sido coagido, uma vez que sofria de uma grave doença cognitiva, o que não lhe terá permitido compreender o que a doação implicava. 

Além disso, a doação assinada pelo homem indicava que o corpo fosse enviado para uma escola de medicina específica, "mas acabou por ser levado para outra, que pagou mais dinheiro por ele".

Para a prática ilícita, o grupo procurava corpos de pessoas que não tivessem familiares, de preferência estrangeiros ou que tivessem vivido em condições de vida precárias, assegurando que "não era feito qualquer acompanhamento destas doações por qualquer familiar".

A autoridade descobriu ainda várias irregularidades nas cremações dos corpos doados, que estavam a cargo das universidades e eram efetuados pela agência funerária.

"Após várias investigações, os agentes descobriram que a empresa funerária tinha faturado a uma universidade 5.040 euros por 11 cremações, o que não constava das faturas emitidas por nenhum dos crematórios que operavam em Valência", explicou a Polícia Nacional, acrescentando que os suspeitos "aproveitavam a dissecação e o desmembramento dos cadáveres para os introduzir nos caixões de outros defuntos, efetuando numa única cremação a cremação de vários cadáveres".

Os responsáveis da agência funerária foram detidos, bem como dois trabalhadores, e acusados dos crimes de burla e falsificação de documentos.

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