"A investigação preliminar aberta pela polícia em 31 de janeiro (...) foi assumida pelos serviços de informação suecos", indicou o organismo num comunicado de imprensa, acrescentando que "a qualificação criminal foi alterada para crime terrorista".
O Ministério Público sueco considerou tratar-se de "um crime terrorista através de ameaças graves e ilegais e tentativas de causar destruição pública", segundo um comunicado publicado no seu portal.
Polícias suecos especializados em desarmar explosivos destruíram na quarta-feira um objeto suspeito lançado nas instalações da embaixada de Israel em Estocolmo.
O primeiro-ministro da Suécia, Ulf Kristersson, classificou o incidente como "muito grave".
Segundo os jornais suecos Expressen e Aftonbladet, citando fontes não identificadas, o dispositivo em questão era uma granada de mão, que teria sido lançada por cima da cerca que circunda a missão diplomática, pousando no solo próximo ao prédio.
Por sua vez, o embaixador israelita em Estocolmo, Ziv Nevo Kulman, sublinhou que a delegação diplomática não se deixará "intimidar pelo terror".
"(...) Fomos alvo de uma tentativa de ataque contra a embaixada de Israel em Estocolmo e os seus funcionários. Agradecemos às autoridades suecas pela sua rápida resposta", disse Kulman.
No início de dezembro, Kristersson e membros do seu Governo participaram numa marcha contra o antissemitismo no centro de Estocolmo. O líder sueco afirmou estar "muito preocupado com o facto de o antissemitismo estar a espalhar-se na Suécia e noutros países europeus".
Nos dois meses após o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, foram registadas na Suécia 120 queixas por incitação ao ódio antissemita, segundo dados da polícia obtidos pela agência de notícias AFP.
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